Duplo Soneto sobre a vida
como o vento que adverte a solidão.
È o som trovador duma alma ignóbil,
e o sol que já marchou para o opróbrio.
e afronto os desalmados e imprudentes.
Que procriam e assemelham meus deveres,
e renovam a melancolia destes viveres.
assim como minha front que dispersa os inimigos,
e esquece da ditadura que exerço,
com meus erros, atenuações e diretrizes.
vazio, amistoso e atolado em idiossincrasia
Nada disso nunca fui, se não agora,
novamente deito-me em ódio como outrora.
no mundo negro da derrota e alegria,
que têm as almas imbatíveis, necessitadas de harmonia.
vejo um insano e preocupações.
Onde mora um louco além daqui?
a velha história de depender do anonimato.
de minhas desventuras e atrocidades...
panorama errático da alma que regenera,
depois de quanto pecados serei alguém melhor?
O mundo se assusta moralmente com adulações?
todos que dizem, agora trabalham.
Movem suas formas como bem entendem,
No impacto da bala, venceram e surpreendem.
nem os mil livros me fizeram discreto.
E os dez cabelos encravados na camisa,
fazem-me lembrar de que já fui moderno.
Perturbado, adoentado pelos sonhos.
Tão inimagináveis as curvas da estrada.
A orografia da sorte se perdeu em toneladas.
È a esfinge do silêncio paranóico.
È o velcro que mantém a conduta.
temporada de caça ao iludido.
Férias da morte, peito amigo.
do capital mal investido nesse estrago,
da violência adquirida pelo estalo.
Marcus Mavi
Um comentário:
Incrível como vivemos em meios a tantas alucinações....Pena que nem todos notam...Bjinhus mil!!!!!!!!
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