7.10.07

Coluna Poética -N°3

Uma deusa do nada

Fazia pouco e você era deus,
suas frases tampadas da inutilidade que tua vida mostrava.
E vivia amargurada, derrubada,
julgava o certo pelo incerto e o moderno era teu juizo.

Por quantas vezes me fez escravo te tua razão,
me enumerou, embalou em caixa de derrotas.
Tu me dizias: Sempre em frente,
e você ficou pra trás.

Lembra dele,
o garoto que quase morreu por seus olhos?
Hoje em dia ele te ignora e absorve.

Recordas dum imaturo,
que tu julgavas mal crescido?
Hoje é tua lágrima que escorre, ele já está vencido...

Achas mesmo que perdão resolve as coisas?
Teus erros te fizeram incompleta.
Apaziguaste bastante tuas horas infelizes,
deitada, apertando o rosto na almofada.

Bem vinda ao mundo,
tua infância foi criada pela dedicação que me fez perder a minha,
Agora você mesmo que escolheu me abduzir.
E me debelou por quase nada.

Teu amor é só passado,
outro bem melhor me afaga.
Talvez o meu seja boa lembrança,

Você terminou, o guarde na memória.
Porque essa história é só mais uma,
que o perdão não assume...

Ao passado...

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