28.11.09

Desgraçado

Desgraçado

Amamentar os sonhos que permanecem,
Incólumes, insolúveis, dentro da mente de um pseudo absurdo.
Uma quimera em mixer de treze fases, todas atribuídas ao staccato.
Da insanidade.

Dessas eras mais antigas, aos tempos Touch Screen
Estou me arrebentando as ondas, desfazendo as contas,
Dum terço que não acredito mais.
Admoestando aos mistérios da rotina, conhecendo o cansaço,
Compactuando com as conformidades da vida no subúrbio do Rio de Janeiro.

Eu em mim estou morto,
Frases soltas,
E as horas viajam indo embora,
Num maço de cigarros, no estresse do trabalho,
Abraçados vão os sonhos, detidos pelas velhas barreiras,
Novos tempos de antigas maneiras,
E tudo isso, pasmem, eu que escolhi...

Eis aqui a ultima empreitada, desnorteada,
De uma classe outrora amargurada,
Preferia o fel ao entendimento,
De que Deus aqui me trouxe e aqui hei de morrer...
Desgraçado...


( A vida permanece como sempre, acordando e trabalhando, tentando descansar, tentando relaxar. Agora vocês vão ouvir uma das músicas do Chico que mais gosto. Boa semana)

Ouçam a minha banda, Banda Tópico 3

18.8.09

Relatos sinceros de um homem complicado parte I

Poesia triste sobre dias felizes

A cidade clama outro amanhecer,
Emaranhada estrutura,
Problemas impares, doravante a estrela nasce,
Trazendo a esperança,
Velha comadre da humanidade,
De haver sim,
Devaneios mais corretos,
Crianças mais espertas,
E que o dinheiro se abre no vale...

Atordoado pelo sono, pelas funestas,
Pelos maços e pelos copos,
Faço de mim o personagem maior,
Da minha historia,
Dentre meus patrões, meus chefes e meus lucros,
Sou um pequeno fidalgo,
A par do reino dos comércios.

Minha Nova Granada é perdida,
A Xanadu é nefasta,
Meu Eldorado sem ouro,
Meu cetim e meu dispare...

Concedendo sonhos,
Criando dilemas,
Vivo uma vida de pequeno poeta,
Entre os troncudos ônibus,
Vencendo nem a quem,
Deveria ser de mim batalha tão erma...


Tenham uma boa noite!

Tudo continua como sempre...

Abraços

1.3.09

Devaneios sobre 2009

A vida neste novo ano tem se apresentado de forma nova.
Muito trabalho, muito trabalho mesmo, algumas problemas financeiros, de saúde e paciência diante disso.
Eu trabalho numa loja de música no centro da cidade, por volta de 10 horas por dia (na loja) além da ida e volta pra casa, esse sistema praticamente dominou meus dias, incluindo meus sábados.
Por isso, quando me vejo Domingo dormindo bastante, perco o tempo e o juizo para atualizar o blog, escrever e outras coisas que eram tão importantes pra mim...

Novidades sobre mim?
Alguns contrabaixos novos, uma guitarra.
Devo fazer faculdade ainda esse ano!
Escolhi Comunicação Social...

De resto, ai vai uma das únicas coisas que escrevi neste periodo...

Algum dia,
Abraçaremos os laços de alguma menina,
Pequena e sempre triste que terá nosso sorriso.
Ela se chamará Esperança.

O presente é um aqueduto de pequenas porções de tédio,
Desafios constantes, algumas risadas,
Inseridas no fato de estarmos semi-destruidos;
E não sermos mais os mesmos.

O mundo é uma gigantesca repetição das coisas,
Tardes, noites, roupas,
Tudo é tão antigo e novo desde que foi planejado;
Deus parece estar mais longe.
O tempo é um esmeril de incertezas,
Uma fábrica de dinheiros perdidos,
Um moinho de sonhos acabados.
Seu passar é como o ferro sob a malha,
Moldando-nos, vendendo por qualquer trocado.

Eu sou o alguém que me coube ser,
Que o acaso me trouxe,
E mesmo não estando feliz, assim ainda sou.
Porque, de modo ou maneira, alguma coisa disso eu escolhi.

A mesmice, a certeza, a conversa repetida,
Tudo me entristece; desespera-me,
Eu ri chorei,
Sou uma quimera ambulante,
Fadada ao sucesso, ao fracasso,
Até no dia que a vida me levar pra longe dela...

(Longe-Marcus Desidério)

Estou de volta com este site!!!!!!!!!

Em breve um novo conto....

Se tudo der certo, vcs vão estar ouvindo o Instrumental de "Choro para Metrônomo" de Baden Powell

Abraços...