4.3.07

15 Dias, lições de vida em duas semanas...
Como em duas semanas uma vida desmorona e renasce
Existem fatos que acontecem tão rápido em nossas vidas, que ás vezes, duvidamos realmente se foi verdade. Histórias que tanto nos marcam que indagamos Deus e verdadeira realidade atrás de nossas ilusões. Dias tão simples que se aglomerados formam uma pequena fase de nossa vida mas, a fase mais importante de todas daquela Grande fase que é a juventude. São os dias em que o que sobrou da inocência tombou....
Dia 16 de fevereiro de 2007:
O dia nasceu ralo e limpido naquela sexta-feira atipica em minha vida, aliás, o peculiar sempre me acompanhou nesta existência. Acordei, Almoçei, e mais todas as coisas que as pacatas vidas suburbanas cumprem na rotina.
À tarde liguei e chamei minha namorada para vir em minha casa ajudar a arrumar minha mala (mal sabia que aquele seria o último momento bom registrado em minha memória). Tal tarefa era simples, apenas usei um álibi para vê-la (como fiz muitas vezes). Naquela sexta, o mundo pesava sobre mim, minha maior batalha havia recomeçado; provar para Deus, familia e a mim mesmo que ainda podia ser um bom rapaz na escola. Meu instrumento de alivio era aquele amor plantado em outro coração ao qual pelejei tanto para semear. (Já fazia tempo em que não obtinha mais paz daquele peito).
Ela apareceu lá pelas duas da tarde e comigo ficou até as cinco, bons momentos apesar de não estarmos fazendo nada de especial, era daqueles dias simples que eu retirava minha força. Eu e minha mala estavámos prontos para o retiro de carnaval da igreja , que não queria ir mas, era importante para ela e eu gostaria de estar naquele momento próximo. Sai de casa as sete com minha bagagem e encontrei-a junto aos seus amigos e parentes no hall de minha paróquia; uma grande tristeza tomara conta de meu coração. Percebi naquelas horas de espera que o último motivo de ela estar ali, era eu. Isso começou a doer mas, guardei dentro de minha mochila o desespero e puxei a velha máscara da falsa felicidade gerada pela esperança das coisas darem certo. Estandarte que até hoje, quinze dias depois já queimei...
Partindo ao local, outra prova de que já não era mas a mesma coisa, ela saiu de perto de mim e foi aos seus amigos. Por vinte minutos, a raiva saiu da mochila e veio ao meu rosto, logo se foi. Os cinco dias que sucederam aquela noitinha foram trágicos, em popucas horas ela me abandonou dentro dum lugar onde não podia sair, onde não podia jogar pro alto, onde nem podia chorar direito. Ali nasceu o fim....
Dia 21 de fevereiro de 2007:
A alvorada veio lenta e acordei de meu beliche num dos quartos da casa de retiro, na mente, a decisão já tomada, no coração a velha esperança de nao precisar tomar decisão nenhuma. Aquela manhã passou rápido, os nossos corações, já tão machucados pelas brigas e farpas de cinco dias de convivência em guerra constante, pareciam ter achado a paz.(Outra ilusão)...
Naquele dia faziamos nove meses de relacionamento que por muito tempo fora lindo e perfeito, eu só queria comemorar. Então, quando as malas estavam colocadas ao chão á espera do ônibus. Fui ao encontro dela e chamei-a para comemorarmos assim que saissimos dali.(Guardaria tudo na "Lixeira" da minha memória). Um rosto seco respondeu um "sim" amargo. Eu já sabia o que ia acontecer, na verdade, tudo fora um teste o qual a submeti, ela não passou....
Trinta minutos após minha pergunta e convite, abraçei-a e, o rosto tomado dum "Imenso bico" me preocupou. Perguntei-a o motivo, ela disse que era nós dois. Novamente indaguei sobre o motivo, ela disse que não queria sair comigo, pois, tinha prometido as "Novas" amigas que ia passar á tarde com elas naquele "Nove meses".
A dureza do coração dela me fez gritar por dentro, respondi um simples sinal de "positivo". Mesmo estando brigados há dias, mesmo estando destruidos há dias. Ela novamente, só pensou nela e aquilo me fez chorar por uns cinco minutos, os quais adentrei na mata da casa e lá fiquei esperando um pedido de desculpas.
Este, nunca aconteceu.............
Logo fui, puxei-a para um canto e botei em prática meu plano de emergência: Joguei tudo pro alto e disse adeus. Aquele coração que por tanto batalhei, só me magoava e pensava em si mesmo....
Naquela tardinha, alguns dias depois, não nos encontramos como na outra, naquela tardinha cortei tudo que sobrou daquele amor tão doloroso.....................
Continua..................