6.10.07

Coluna Poética -N°1

Estragos

Tudo é tão misero,
que fico sorrindo
por um espaço de tempo infiél.
Eu sou oportuno,
a dor engasgada,
nesse nó retrátil por dias ao léu.

Se existissem pernoites que me levassem a melhorar,
eu não veria o sol conforme as escrituras,
essa estrela me condena a saber que o dia vai voltar.
E nele saberei que teu sonho é tão distante quanto nossas ruas,
outrora era completo meu mundo de ternuras.
A natureza absorve as medusas...

Agora, tudo tenho e nada quero,
teu nome é um processo,
vômito dum descaso,
eu só precisava dum olhar.

Humano e insincero,
mal dotado e ignóbil,
o porco que se alimenta,
do estragado caju do ócio.

Quantos anos completo,
desde que teu ventre deixou de ser fortaleza?
Por muitos ainda chorarei o dia que tu negastes minha nobreza.
Agora, a vida cuidou de defender essa cidadela,
que não ataquei mas, os muros me limitam a ela.
È uma pena e apenas, mais um estrago em forma de poema.


Texto: Marcus Mavi

Um comentário:

Nathi* disse...

Que profundooo !
suas poesias são lindass !!!
iohh para com essa vida de fikar tocando cavaquinho de noite heim !!
hahahahahaha
qm t viu qm te vee !
beijosssss