"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros."
30.10.07
Coluna Mundo + Diário
Uma menina morta dentro da faculdade depois duma festinha....
Dezenas de overdoses e um óbito numa Rave (ainda bem que não gosto de Rave).
Depois de dois finais de brigas, me abstenho de explicar os motivos, meu namoro acabou.... Durou um ano e cinco meses.
Apesar de tudo e tal, a vida vai se mostrando bela quando você fica meu chateado com as coisas... Existe uma força dentro de mim quando encontro um "ponto final" em algo importante. È uma vontade doida de tentar mudar as coisas sabe, fazer da vida alguma coisa melhor.
A única coisa chata é a critica que meu cunhado colocou no blog dele sobre mim! Mas, beleza, eu mereci....
Meus amigos tão na boa....
O colégio na mesma....
O livro caminhando!
E, apesar do Belo no Midi Player, não sou pagodeiro tá!
Porém, gostei muito dessa música.... Muito bem bolada!
Abraço a todos,
vou me ausentar uns dias de postar....
Tô preparando algo legal...
29.10.07
Coluna Poética
O mundo nos arranca as flores mais abertas,
nos faz de escravos da máquina moderna.
E oferece o fel ao lutador melhor.
Todavia o mar ainda é o mesmo,
e o sol está lá seja qual for o resultado da batalha,
a vida é irônica, amigo, a vida é sinistra.
O que nos faz incertezas nesta alvorada,
são os pensamentos madrugentos.
As lágrimas tombadas no travesseiro.
Doravante o céu se desdobra,
no preto e anil e, tão pouco liga para nossas guerras.
A vida é imparcial, meu inimigo, a vida é bela.
E não há nada melhor do que cultivar um novo sonho,
quando outro imenso se perde na chuva.
Por nada falece o desejo engordado por meses.
E esse jogo de interesses nos ensina a confiar em Deus,
tentando fazer o mesmo com o espelho.
A vida é intolerante, minha amada, a vida é um desterro.
Para o amante que ficou na estrada,
tudo falta, nada sobra.
Outrora amargurado, ele chora.
Para os dias, pertissimos do presente,
joga ao pretérito, ignora.
Um erro convicto que pesa na pior das horas.
Para aquele que seguiu, sobra a certeza.
Duma vida bem mais pacifica e florida.
Depois de meses, o erro é fatal.
Aos dois sobra o sonho,
despedaçado entre os risonhos.
Os queridos companheiros encerraram a jornada.
E a dupla trilha se dividiu,
todos os presentes ficaram para marcar,
e lembrar dos beijos que não vão voltar.
O amor perdido é um deserto,
povoado de aréns gerados pelo orgulho.
Quando se vê, já nada em pedras.
Falta-lhe água, resta-lhe o túmulo.
A nova vida é uma promessa,
uma roleta russa que se joga fechado.
E todo o sexo, amor e promessas.
Ah, tudo isso, fica registrado...
Digo adeus, querida ao teu peito.
Desejo-lhe sorte em tua fase defendida.
Apenas vos alerto, tomas cuidado.
Cuidado com teu jeito de viver intensamente.
Agora o poeta trabalha pesado,
sua musa partiu,
sobrou o retrato....
Agora, de certo, o calor foi roubado,
e a folha e a pena,
registram o estrago...
Adeus....
Texto:Marcus Mavi
28.10.07
Fotos do Paulista
27.10.07
O que dizer dessa decepção?
O que falar de tanta dor?
Perceber que existe amor feito de fala,
de boca e nada mais...
Pra quê acreditar num final feliz?
Pra quê esquecer o que se passou?
Quando sua esperança afundou com este barco,
quando a vela se desfez com o vento do ocaso...
Como pude ser tão límpido e frágil?
Como pude fazer tantas juras pra ouvir?
Teu cavalo avançar em minha Tróia,
teu cabelo á partir por alguma felicidade...
Porque não te causo alegria?
Qual o defeito dessa minha solidão?
O que faço se não conto com teus olhos?
O que me dizes de tanto amor irrisório?
Queria, ao menos, ser importante em tua vida.
Porém, qualquer luxo te afasta de mim.
Que faço eu, que acreditei em ti?
Tuas palavras de falsidade me atacaram,
e me abandonou quando mais precisei.
Que futuro tem esse descaso?
Infelizmente encontrei a verdade,
descobri que teus olhos superavam os meus.
Agora vou rumo ao meu juízo, vou em paz, adeus...
marcus Mavi
26.10.07
Semana de viagens mentais
Me sinto paralelo á realidade que se abre nesse jogo de cartas que chamo de vida. Esse dias tenho estado tão distantes e lunático que pareço uma criança. è fácil de explicar e difícil de entender. Sabe quando você tá meio parado no tempo, cheio de coisas pra fazer mas, fica meio zonzo, se sente alto....
Tenho viajado tanto no passado, no futuro, em coisas nada haver....
Fui me pegar fazendo isso essa tarde, empolgadasso com um joguinho de guerra enquanto meu colégio, minha prova e demais tarefas estavam pela metade...
Pô esse temporal que não acaba ainda me isolou em casa, a namorada tá trabalhando, o colégio quase não tem aula. Sei lá, maior doideira né?
Hoje fiquei vendo programa de fofoca, comendo pão com queijo no sofá. Coisas que não fazia há meses.... Um eterno domingo sem nada pra fazer, achei a definição perfeita....
Duplo Soneto sobre a vida
como o vento que adverte a solidão.
È o som trovador duma alma ignóbil,
e o sol que já marchou para o opróbrio.
e afronto os desalmados e imprudentes.
Que procriam e assemelham meus deveres,
e renovam a melancolia destes viveres.
assim como minha front que dispersa os inimigos,
e esquece da ditadura que exerço,
com meus erros, atenuações e diretrizes.
vazio, amistoso e atolado em idiossincrasia
Nada disso nunca fui, se não agora,
novamente deito-me em ódio como outrora.
no mundo negro da derrota e alegria,
que têm as almas imbatíveis, necessitadas de harmonia.
vejo um insano e preocupações.
Onde mora um louco além daqui?
a velha história de depender do anonimato.
de minhas desventuras e atrocidades...
panorama errático da alma que regenera,
depois de quanto pecados serei alguém melhor?
O mundo se assusta moralmente com adulações?
todos que dizem, agora trabalham.
Movem suas formas como bem entendem,
No impacto da bala, venceram e surpreendem.
nem os mil livros me fizeram discreto.
E os dez cabelos encravados na camisa,
fazem-me lembrar de que já fui moderno.
Perturbado, adoentado pelos sonhos.
Tão inimagináveis as curvas da estrada.
A orografia da sorte se perdeu em toneladas.
È a esfinge do silêncio paranóico.
È o velcro que mantém a conduta.
temporada de caça ao iludido.
Férias da morte, peito amigo.
do capital mal investido nesse estrago,
da violência adquirida pelo estalo.
Marcus Mavi
22.10.07
Diário de um combatente + Coluna Mundo
Resumo da semana:
Os primeiros dias fiquei parado na rotina de sempre da minha vidinha de sempre. Mamãe brigando, professor ensinado, amigo chorando, internet internetando, namorada trabalhando. A bruxa tá solta e as coisas cismaram de dar errado, mas, it´s the life man´s...
O FDS foi uma merda por vários motivos mas, it´s the life man´s..... No final das contas tá tudo caminhando, já tô grandinho demais para me deixar levar pela negatividade por mais de três dias.... hehehe....
Eu adoro essa música, ela diz muita coisa pra mim.....
Essa banda é foda, se chama Emery e é de Emo Screen
Emery - Walls
Are you listening?
we write a thousand pages, they're torn and on the
floor
headlights hammer the windows, we're locked behind
these doors
and we are never leaving, this place is part of us
and all these scenes repeating are cold to the touch
my hands seem to deceive me
when I'm nervous or when I'm healthy.
the scenery's all drawn.
they hang here from the walls dear,
painting pictures, bleeding colors,
blanket the windows.
sometimes it gets so hard to breathe.
your eyes can see right through me.
these fights with your arms left beside.
one thing and one more says goodnight.
you've got the map come get to me.
these knuckles break before they bleed.
tear out these veins that own my heart.
this skin that wears your lasting marks.
i've built these walls come get to me, come get to me.
is this your lesson, a slight discretion,
the lines that keep you, the lines that sweep you.
lock the doors from the inside.
your face is so contagious, it wears announcements,
it leaves me breathless, i won't forget this.
let the walls have their say.
there's no conversation, words without remorse
and this television drowns the only source
wake from these dreams of you in my arms
to the staircase where you hold my heart
this place, these walls mean everything to me.
Pra quem tem Banda larga, tá ai o link do clip.... Muito legal....
http://www.youtube.com/watch?v=TjM1Un0Xluw
Noticias da Semana
Nunca fui fã de futebol mas, sempre fui Flamenguista, o Mengão venceu duas vezes, muito bom....
A seleção também, muito muito bom....
A tal jornalista do escândalo é bem gostosa mesmo! Porém, dá-lhe Photoshop....
O meu livro tá chegando ao 6° Capitulo.
Vou deixar uma lista de clips de Emo Screen pra quem gostou de Emery.... Se deus quiser, minha futura nova banda vai ser desse estilo....
Alexisonfire -Accidents
http://www.youtube.com/watch?v=w-T_CduZSLw
Bateu a preguiça.... Boa semana, se der faço uma Coluna Mundo com algo descente....
(Eu queria ter a sorte do Raikkonen)
21.10.07
Coluna Poética-N°9
Corrompido, o transeunte avança na solidão.
Escassa é a fome pela incerteza,
outrora dito, seu pesar se transformou em coração.
Quem me dera cruzar mil léguas nesta estrada,
e encontrar numa rosa algum motivo eficaz,
para mais de vinte segundos de paz...
O vento frio me atormenta e me condena,
as quatro muralhas erguidas nesse escuro quarto.
Me embriagar de mel e chuva fina,
fazer de meu corpo um forte estrago.
Sucumbi aos impotentes,
alvejei o flanco errado.
Matas e morros atravesso sem demoras,
caminho e corro em minha memória.
Doce planície salpicada de rosas,
velha charneca de discórdias.
O misto do indeciso e ignorante,
a mescla do sonhador com o dia errante.
Inactivo, inodoro, esse rio de tristezas.
Ao lado a flor transladada de perfumeza.
Os ônibus, carros e a destreza,
do homem á destruir e atenuar suas fraqueza.
Me perdoe amor por meus pensamentos,
é que o tempo reflecte na alma do derrotado.
Essa neblina de carbono do motor de meus batimentos.
Este universo urbano me conduz a bancarrota,
me sinto falido por todas vitórias,
amargurado de assaz história.
Tentei salvar-te deste naufrágio.
Faleço aos poucos, vivo menos.
Mas teu amor, lembrança boa trará,
teu sorriso pequeno e olhos morenos...
Tão cinzentos quanto a chuva,
e tão molhados de sereno...
Texto: Marcus Mavi
20.10.07
Agradecimentos
Vim aqui para lhe dizer que, apesar das balas, a vida é linda. Foda é viver sem reconhecer isso.
Que cada pôr-do-sol daqueles suburbanos é tão bonito. E essa cidade cheia de favelas ainda transpira samba e virilidade de nosso sofrido povo. Sei que minha história não é única das difíceis desse país. Mas aprendi que minha saga é uma bênção.
È certo que, de vez em quando, a tristeza nos condena e absorve para as trevas, ai fitei o mar belo de Copacabana. E uma vez essa negatividade me assaltou numa tarde, fui ao Jardim Botânico escondido e lá li o livro que você me deu.
O nome desse texto não será sobre o conflito. Não faz sentido....
Agradeço ao bom Deus pela minha namorada linda que acredita e acreditou em mim quando ninguém quis acreditar. Pelo seu jeitinho meigo, por sua inocência linda, pelo seu abraço e colo, por ter as quartas-feiras para te ver. Pelos meus amigos fiéis, por todos os momentâneos e perdidos no tempo.
Daqueles problemas me livrarei, mas, se hoje fosse embora. Morreria feliz por ter conhecido tanta gente, passado por tantas. Essa vida tão curta e gigantesca no dia-a-dia.
Obrigado senhor pela alegria do meu sobrinho que me contagia todo dia.
Pela exuberância de carácter do John que me faz pensar, e por suas bobeiras que me fazem rir.
Senhor, obrigado pela Kelly e pelos meninos da Igreja.
Obrigado pelo Felipe, Sérgio e Daniel sumidos nessa vida, lutando suas batalhas.
Obrigado pela galera da escola que me faz feliz nos dias mais dificeis.
Te agradeço pelo Paulista, meu irmãozão preto.
Pelo David, Pablo, Fudêncio, Lino, Belão, Hamilton, Dituxo, Rayza, Gabi, Jordanna, Pedro, Marcelo e outros daquela escola de merda, somente conhece-los fez valer esses anos perdidos.
Eu vejo os busões lotados, os pontos cheios, engarrafamentos, salários baixos, falta de emprego,
e , espantei-me, ao ver que as pessoas lutam para uma felicidade utópica mas, acima de tudo são felizes.
Te agradeço pela minha família complicada.
Pelo meu cunhado paciente e generoso que me ajuda pacas.
Te agradeço,
pelos dias de sol,
pelos dias de praia,
dias de Lan-house com os amigos.
dias de porrezinho escondido com os irmãos.
dias chatos de colégio.
dias de EAC.
dias de "cantinho da blasfêmia"
dias de "tristudo"
dias de filminho com a namorada em casa.
dias de casa do Thiago
de casa da Kelly.
dias de Línguas de Fogo.
dias de crisma.
dias sem fazer nada.
dias de Age of Empire.
Dias difíceis de aprendizado.
Por cada vez que tu me mostrastes que devo acreditar em mim mesmo.
Obrigado Deus por essa existência.
Tanta reclamação e tristeza, esqueci de falar da enorme parte linda dessa vidona boa...
19.10.07
Coluna Poética -N°8
Vejo uma era da lutas,
uma carnificina tão terrivel,
nossos olhos serão sujos do sangue derramado.
Muto meus lábios feridos.
Pressinto um caos em chegada,
algo que fará chorar todo a água de meu corpo.
Nem mesmo o vinho me tirará dessa dor.
E ficarei sem teus abraços...
Essa era já é hoje,
nosso surdos tímpanos que não entenderam,
o mundo agoniza em ódio, meu amor.
Longe daqui tantos morrem...
E padecem por dinheiro e petróleo.
Por filosofias e religiões erratas.
Falecem por interesse,
adubam os campos dos magnatas...
Crianças se vão com a fome,
outras engordam de tanto saciar.
Esse desejo incompleto pelo maior,
melhor nunca foi este lugar.
Façamos uma oração por nossas mesquinharias
Peçamos a Deus um pouco de Paz.
Desejo que ele escureça minha vista,
assim não precisarei ver nossos deturpados amores...
Rezemos pelo Senado,
Rezemos pelo Estado,
Rezemos pela corrupção,
Rezemos pelo imediato desejo,
de sermos maiores e mais ricos...
Texto: Marcus Mavi
Muito triste pela situação no Paquistão, cem pessoas mortas...
Muito triste pela situação na minha vida, acho que Deus me ignora...
Coluna Poética -N°7
Novos horizontes se abrem,
eu ando dormindo tão pouco.
Teus olhares me fazem honesto,
em dizer que tu és a alegria dessa minha vida.
Ah morena, se tu soubesses,
que teus defeitos me alegram,
e tuas qualidades me entristecem.
Acho que merecias algo pior para mim...
Tão pouco consigo almadiçoar os céus,
mesmo com tantas derrotas,
você já completou.
Minha divida com teus sorrisos já está paga.
Resolvi não colocar nada dificil neste soneto,
para volver ao mundo tua simplicidade.
Pois depois de tantas mágoas entendi que tua inocência,
é o presente mais puro de Deus para comigo.
Algum dia meu sonho vai estar completo,
de certo haverá uma criança,
que com seu olhar me fitará com a mesma alegria.
Nela, lembrarei de tua juventude.
De tua beleza, de teu calor.
E contigo viverei para todo o sempre...
Poucos versos me faltam,
mas muitos dias terei,
para cantar tua poesia de louvores.... [Te amo]
texto: Marcus Mavi
Te amo minha linda....
16.10.07
Diário de um combatente -N°4
Viver, eis ai um verbo difícil de conjugar...
Apesar de minha idade, um pouco mais de dezessete anos de vida, tenho enfrentado desafios enormes para a minha capacidade. Aliás, desde minha infância, passei por situações e fatos desagradáveis. Coisas que contribuíram para construir uma mente fraca e, só Deus sabe o que isso ia gerar.
Sobre bens e comida, nunca tive de reclamar. Mesmo sozinhas, minha mãe e avó obtiveram êxito em me alimentar e dar-me coisas. Porém, nessas últimas noites, aprofundei-me em minha história. As conclusões de minhas reflexões me levaram a crer que algo faltou. Procurei especificar o quê e por que desses fatores terem influenciado no estado critico que passo mentalmente.
A partir de meus 7 anos, meu pai se foi de minha casa donde fora e ainda é um grande problema. Alcoólatra, ele era um bom técnico, até mesmo um ótimo homem. Perdeu-se em insolências e na bebida, hoje em dia, faz mais de um ano que não o vejo ou ouço falar dele. Entendi que essa perda que foi a chave mestra do andamento de minha vida, pense comigo...
Sozinha e magoada, minha achou que para criar um homem sem seu pai precisava ter mão de ferro. As grosseiras que o destino fez com ela a fizeram assim. Incapaz de falar de amor. A pergunta é, devo ou não culpa-la pelos fatos que seguiram a isto? Em minha opinião, mesmo tendo tido azar na vida, ela devia ter dedicado todo seu afeto e compreensão com seus filhos. Infelizmente, apenas dedicou-se á sustentá-los.
Num ciúme cicatrizado pelas experiências passadas, minha mãe começou a exercer uma ditadura tanto moral quanto religiosa em minha vida. Assim que me entendi por gente (11 anos), comecei a sofrer dum certo desdém para quais meus interesses, sendo movido por mãos de ferro. Mãos que às vezes me feriram não só a alma.
Com minha primeira namorada, primeiro melhor amigo, primeiro grupinho, primeiro esporte, primeiro hobby e todos os que seguiram, notava uma raiva compulsória dela, como se aquelas coisas me tirassem de meu objetivo. Ai eu entendi a verdadeira história, ela tinha medo. Um temor estúpido criado pelo trauma do meu pai. Medo de, o filho do “monstro” da vida dela, se tornar outro.
Cada vez mais dura e menos afetiva; chorei muito suas agressões morais. Fui chamado, na pior fase da vida de qualquer um ( a pré-adolescência), de cobra, gay, burro e outros xingamentos piores. Aprendi a afastá-la da minha vida. Criei uma redoma de raiva e medo diante dos acontecimentos, às mentiras se tornaram freqüentes. Hoje em dia, ela nem sabe do que eu fiz naquele dia.
Quando perdi meu primeiro grande amor, que ela implicava dia após dia, um forte baque aconteceu em minha mente; a inocência se fora. Invés de me ajudar a superar, ela me afogava em criticas e aprofundava a ferida. Mais grosso se tornou o muro entre nós.
Os anos foram passando e minha mãe doutrinou tanto minha avó quanto irmã á agir da mesma forma. Eu me senti sozinho. Agradeço aos meus amigos da época e os que estão aqui até hoje por ter sobrevivido á isso.
Por muitas agüentei sozinho e calado e, mais e mais erros foram se acumulando, ano passado, aquilo que já era sensível rompeu; o sentimento se tornou fraco demais. A convivência e a tentativa de me separar desta família se tornaram vitais para o meu futuro.
Talvez para você, que passou por brigas familiares e tal, seja difícil entender tudo isso ou dizer que estou certo. Isso porque, você nunca teve de chorar calado por toda a sua vida. Isso porque, enquanto as lágrimas desciam verdadeiras de tanto sofrimento, a sua família dizia que era teatro. Isso porque, você não foi taxado de monstro e seus erros inchados por esse ódio e raiva mútuos. Você já ouviu sua mãe dizer que te ama? Que tem orgulho de você? Foi comparado a vida inteira com outra irmã? E com um bêbado tarado que era seu pai?
Agradeço ao bom Deus por até hoje estar vivo para escrever-lhes essa saga de torturas que é minha vida. E por nunca ter perdido o caráter e a vontade de fazer tudo melhorar. Quantas vezes pedi só a morte....
Manda essa cavalaria,
que hoje a fé me abandonou....
14.10.07
Tento transformar minhas dúvidas em canções,
e adianta pouco solar sobre minhas incertezas.
Aprendi aos poucos que o inferno se faz no ceú,
e que a inocência nos carrega a ironia.
Rir de tudo é tão patético quanto chorar cada ilusão,
versar meus momentos me retira da agonia,
de te ver derretida nas águas da paciência.
Minha amiga, se fosse tu meu pesadelo,
sonharia calmamente.
Se fossem os olhos negros de tua front,
preferia sofrer que te ver por perto.
Deste modo és tão perfeita,
teu juizo me afastou e persevera na causa.
Me libertei dos sonetos de um Neruda,
que me iludem de, na sua rua,
resgatar aquele tempo que era completo.
Certamente pouco tinha a fazer.
Se agora estivéssemos abraçados,
infimo seria teu ajudar.
Este percusso é tão grande quanto as trevas,
que reagem e absorvem meu caminhar.
De nada vale ser tão criativo,
nada tenho pelas minhas risadas.
Com elas me afasto do positivo,
sou um fraco desenvolvendo a jornada.
Ana, Maria, Joana, vejo teu rosto em cada cicatriz;
das velhas amigas dum homem indigente.
Nenhuma ocupa com teu cheiro meu nariz.
Pernoitado, benevolente,
a boa vontade me tomou de assalto.
Um modo hilário,
de alcançar esse Deus afastado.
Pouco nele já acredito,
doravante tudo que tenho não merecer.
Venderia casa e amigos,
se tuas pernas me esquentassem uma última vez.
Essas dores vêm e vão como varizes.
Esses textos morrerão na imensidão dos cabos.
Já que os tímpanos não aproveitam minha saliva,
escreverei sobre meus dias como um capataz.
Um meteoro progride abertamente,
uma ruina chamada amanhecer.
Desse dia quero levar a pobreza,
do pouco que tenho e do muito pra comer.
Que vale tantas carnes se não tenho a minha,
de que adianta tantos luxos se não posso gozar.
Da maior misecórdia que o criador concede.
A liberdade de estar perto do mar.
Esse foto amarelada de nada vale como lembrança.
Navego no oceano para esquecer.
Que esse rosto tão belo já disse: Eu te amo.
E se afastou quando eu tentei dizer.
Foi você que escolheu e advinhou nossos futuros,
sua felicidade e esse meu quarto escuro...
Fui eu que não pensei na falta que faria,
lidar com teus defeitos e correr por tua guia...
Marcus Mavi
13.10.07
Coluna Poética -N°6 (Os três olhares)
Passado
Algo além dum peão
Eu vivia tão leve,
que cada problema era terrivel.
Acordava inerente ao incorreto,
era pequeno, gracioso.
Tão sozinho que dava pena,
meu espelho me amava.
Uma célula vagarosa,
um fator renegado,
aos estados inebriantes,
o amor e o pecado.
Meu pivô era o choro,
derrapante, soluçado.
Cada curva era a descoberta,
do abismo terrivel que era aumentar.
Perdia horas entre meus bonecos,
sem imaginar, que os idolos eram de isopor.
Mais um centrimetro me aproximava,
cada vez mais sóbrio, pouco menos ágil.
Ai, entendi o que era amar.
Arranjei uma viola, e fiz dela minha amante.
Dedilhava as dissonantes com carinho,
eu era um deus, tão popular entre os esquisitos.
A primeira rebateu minhas ofensas e se foi,
a próxima nem avisou que ia.
A terceira era cheia de filósofos na mente,
seu coração uma loucura. Nenhuma dor sentiu e sente.
Minha alma se reteve,
numa dor incompreenssivel.
Amargurei doze meses,
apreciando o impossivel.
Papeava com os tolos,
o cigarro e o esgoto.
Conheci os tiroteios.
Fui libertário e mensageiro.
Os tolos se foram e seguiram suas estrelas.
Outras delas caminharam e partiram pelas teias.
Perdi tanta coisa que a inocência era meu ditado.
Outrora desvirginado, falta dela tenho inteira.
Hoje toda minha corpulência,
de nada adiantou.
Minha insensatez foi me aclamar imperador,
do nada que tinha e nada que sou.
Todo trauma cicatrizou e o escudo é vasto.
Sou um devaneio da falta que me fizeram teus abraços...
Culpa de alguém?
Da esperança que tive.
De querer imitar os filmes.
Adeus mesquinharias.
Um disparo inoportuno,
um erro avisado.
Uma lacuna aberta,
um tropeiro assustado.
Um vulcão de ódios,
uma panela de retratos.
Não derrotado ou de vitória.
Sou um homem e seus pecados...
Presente
Emoções (palavras que resumem um coração)
Acordo, durmo, sonho.
Amo, odeio e mando.
Murmuro, grito em prantos.
Coração de metal e pano.
Estável nunca fui,
o perigo me fez amigo do passado.
Levanto desorientado,
será o futuro um relicário?
Encabulado, afastado, incompreenssivel.
Lotado de idéias, ódios, insensivel.
Sonhante assumido,
derrotado invencivel.
Prazer, sim já tive.
A vida se mostrou um deslize.
Em que se escala de trás para o alto,
e que nem um avanço ocorre sem percausos.
Se cada manhã fosse um retrato,
poucos sorrisos apreciariamos; de fato.
Outrora o sol agredia, num corredor de noites em claro.
Nenhum soneto resumirá minhas dores,
muitas vitórias também consegui.
Sorte, batalha e valores...
Teus olhos vão e vêm por meses,
óculos, barbas se incluem no velho rosto.
Dezoito anos se fizeram tão dispostos...
Futuro
Horizonte
O horizonte incompleto,
é o amante desta vida.
Fúnebre e funesto,
enclausurado de alegria.
Deturpado, amargo,
meu coração anuncia.
Quem nem sua cegueira,
trará a esperança da harmonia.
Minh'alma e retina,
compartilham dessa distorção,
não enxergam o além em perfeição.
Tudo imperfeito, tento ser o indigesto.
Resumiria a vida na relva amarelada,
que com o inverno congela, alvoroçando a manada.
Matilha armada e procriada pela ilusão gerada.
Em totalidade corriam ao paralelo, por entre o céu e o inferno...
Outrora bem servido, me alimento do vazio.
a inocência adocicava a emergência da falida.
O director cortou a cena,
entre a mesma menina que condena...
È já são inúmeras as que foram,
inutilizadas pelo estorvo,
que era meu peito inseguro.
Consegui ajuntar...
Limpo as lentes e observo,
que estes nunca serão,
nada além dum protesto.
Dum horizonte embebido em dialectos...
Marcus Mavi
Coluna Poética -N°6 (Os três olhares)
Emoções (palavras que resumem um coração)
Acordo, durmo, sonho.
Amo, odeio e mando.
Murmuro, grito em prantos.
Coração de metal e pano.
Estável nunca fui,
o perigo me fez amigo do passado.
Levanto desorientado,
será o futuro um relicário?
Encabulado, afastado, incompreenssivel.
Lotado de idéias, ódios, insensivel.
Sonhante assumido,
derrotado invencivel.
Prazer, sim já tive.
A vida se mostrou um deslize.
Em que se escala de trás para o alto,
e que nem um avanço ocorre sem percausos.
Se cada manhã fosse um retrato,
poucos sorrisos apreciariamos; de fato.
Outrora o sol agredia, num corredor de noites em claro.
Nenhum soneto resumirá minhas dores,
muitas vitórias também consegui.
Sorte, batalha e valores...
Teus olhos vão e vêm por meses,
óculos, barbas se incluem no velho rosto.
Dezoito anos se fizeram tão dispostos...
Texto: Marcus Mavi
Diário de um combatente -N°3
O velho e o moço-Los Hermanos
Deixo tudo assim
Não me importo em ver
a idade em mim,
ouço o que convém.
Eu gosto é do gasto.
Sei do incômodo
e ela tem razão
quando vem dizer
que eu preciso sim
de todo o cuidado.
E se eu fosse
o primeiro a voltar
pra mudar o que eu fiz,
quem então agora eu seria?
Tanto faz
que o que não foi não é
Eu sei que ainda vou voltar...
mas eu quem será?
Deixo tudo assim,
não me acanho em ver
vaidade em mim
Eu digo o que condiz
Eu gosto é do estrago.
Sei do escândalo
e eles têm razão
quando vem dizer
que eu não sei medir
nem tempo e nem medo.
E seu eu for
o primeiro a prever
e poder desistir
do que for dar errado?
Ora, se não sou eu quem mais
vai decidir o que é bom pra mim?
Dispenso a previsão!
Ah, se o que eu sou é também
o que eu escolhi ser
aceito a condição.
Vou levando assim
que o acaso é amigo
do meu coração
quando fala comigo
quando eu sei ouvir...
Salve Los
12.10.07
Coluna Poética -N°5 (Os três olhares)
Algo além dum peão
Eu vivia tão leve,
que cada problema era terrivel.
Acordava inerente ao incorreto,
era pequeno, gracioso.
Tão sozinho que dava pena,
meu espelho me amava.
Uma célula vagarosa,
um fator renegado,
aos estados inebriantes,
o amor e o pecado.
Meu pivô era o choro,
derrapante, soluçado.
Cada curva era a descoberta,
do abismo terrivel que era aumentar.
Perdia horas entre meus bonecos,
sem imaginar, que os idolos eram de isopor.
Mais um centrimetro me aproximava,
cada vez mais sóbrio, pouco menos ágil.
Ai, entendi o que era amar.
Arranjei uma viola, e fiz dela minha amante.
Dedilhava as dissonantes com carinho,
eu era um deus, tão popular entre os esquisitos.
A primeira rebateu minhas ofensas e se foi,
a próxima nem avisou que ia.
A terceira era cheia de filósofos na mente,
seu coração uma loucura. Nenhuma dor sentiu e sente.
Minha alma se reteve,
numa dor incompreenssivel.
Amargurei doze meses,
apreciando o impossivel.
Papeava com os tolos,
o cigarro e o esgoto.
Conheci os tiroteios.
Fui libertário e mensageiro.
Os tolos se foram e seguiram suas estrelas.
Outras delas caminharam e partiram pelas teias.
Perdi tanta coisa que a inocência era meu ditado.
Outrora desvirginado, falta dela tenho inteira.
Hoje toda minha corpulência,
de nada adiantou.
Minha insensatez foi me aclamar imperador,
do nada que tinha e nada que sou.
Todo trauma cicatrizou e o escudo é vasto.
Sou um devaneio da falta que me fizeram teus abraços...
Culpa de alguém?
Da esperança que tive.
De querer imitar os filmes.
Adeus mesquinharias.
Um disparo inoportuno,
um erro avisado.
Uma lacuna aberta,
um tropeiro assustado.
Um vulcão de ódios,
uma panela de retratos.
Não derrotado ou de vitória.
Sou um homem e seus pecados...
Texto: Marcus Mavi
9.10.07
Diário de um combatente -N°2
Modular esse fator essencial para nossa existência é parcialmente eficaz. Os sonhos caem facilmente, aos poucos, a vida se mostra tão direta e interesseira que, as filosofias aprendidas apenas povoam nossa memória. Nessa hora, a infância se vai...
Viver entre tantos processos, tantas pressões nos afasta uns dos outros. Quantas famílias e vidas são destruídas por dinheiro? Mas, este, realmente, é essencial para viver.
Aos quinze anos você se rebela e entre em guerra com a vida. A primeira, segunda, terceira e centésima batalhas são perdidas. Descobre que és um grão no mar do mundo.
Hoje me vejo tão ganancioso quanto aqueles pelos quais vestia a camisa anarquizada. Notei o que os faz tão esperançosos, o algo a perder...
Já pensei em tantas soluções para meus acasos, tantas injúrias suporto vindas do ventre que me serviu por meses. A ovelha negra é tosquiada, se torna cada dia mais cascada, impenetrável. De grão em grão seu poderoso escudo se fortalece e, igualmente, agimos como os que odiamos...
Cada vez mais, o menino inteligente se torna falso. Aos poucos vai se entregando aos pequenos sonhos, passo a passo, construindo o pequeno sub-mundo ainda dominado, por gente amargurada que não o deixa voar. Nunca nessa vida desejei tanto a liberdade, estou cansado de sofrer por teus defeitos. Meu coração quer perder tua cabeça, minha cabeça perder teu juízo. Tua força bruta é em palavras, perdoa mãe, nunca fiz nada para estar aqui.
Avistar ao longe seus amigos, indo e caminhando com brilho a felicidade que você nunca encontrou. Tenta desamarrar a corda á força e percebe, maioridade é só pra documento. Você depende dela, isso é um tormento...
Porque sofro por teus erros?
Não vedes que tua insensatez só me abate, como achas que seremos amigos, se teus olhos só me trazem desgraça. E ficas achando que essas prestações irão comprar todos os dias que me negastes o afago materno. Agora retribuo com uma geleza, perdoa mãe, é a vida.
Se o remo estivesse aos meus braços, mudaria o curso e correria para o que quero. Paz, família e sossego, longe daqui e de teus devaneios. Compreendo tua infelicidade adquirida, essa vida é doida e curtíssima. Porém, nada fiz para merecer tua raiva. Apenas tentei deixar-te longe, isso é prática.
Mãe, porque agora que não rio mas com tanta frequência, nem angelical é meu rosto. Porque não se curvas á alguma benevolência. Chega de guerras, preciso de socorro. Nem em Deus acredito firmemente, tua lembrança é tão dolorida que chego a pensar. Se tu fosses mãe, prematuramente, qual momento bom que me ofereceste ia guardar?
Infelizmente, contigo não posso mais falar abertamente, tuas criticas me atrapalharariam como sempre. Já tentei tantas vezes mostrar teus erros. Tua carcaça é forte como tua cabeça. Vejo-me distante de ti para ser feliz. Se o futuro me guarda algo além disso, talvez eu escolha abraçar tua fronte e dizer : Eu te amo. Frase que nunca ouvi de tua boca. Me perdoa mãe, sou um espelho. De anos e anos de indiferença. Nem comida, nem roupa e despesas. Me faltou algum afeto e um pouco de consciência...
Coluna Poética -N°4 (Os três olhares)
Horizonte
O horizonte incompleto,
é o amante desta vida.
Fúnebre e funesto,
enclausurado de alegria.
Deturpado, amargo,
meu coração anuncia.
Quem nem sua cegueira,
trará a esperança da harmonia.
Minh'alma e retina,
compartilham dessa distorção,
não enxergam o além em perfeição.
Tudo imperfeito, tento ser o indigesto.
Resumiria a vida na relva amarelada,
que com o inverno congela, alvoroçando a manada.
Matilha armada e procriada pela ilusão gerada.
Em totalidade corriam ao paralelo, por entre o céu e o inferno...
Outrora bem servido, me alimento do vazio.
a inocência adocicava a emergência da falida.
O director cortou a cena,
entre a mesma menina que condena...
È já são inúmeras as que foram,
inutilizadas pelo estorvo,
que era meu peito inseguro.
Consegui ajuntar...
Limpo as lentes e observo,
que estes nunca serão,
nada além dum protesto.
Dum horizonte embebido em dialectos...
Marcus Mavi
7.10.07
Coluna Poética -N°3
Fazia pouco e você era deus,
suas frases tampadas da inutilidade que tua vida mostrava.
E vivia amargurada, derrubada,
julgava o certo pelo incerto e o moderno era teu juizo.
Por quantas vezes me fez escravo te tua razão,
me enumerou, embalou em caixa de derrotas.
Tu me dizias: Sempre em frente,
e você ficou pra trás.
Lembra dele,
o garoto que quase morreu por seus olhos?
Hoje em dia ele te ignora e absorve.
Recordas dum imaturo,
que tu julgavas mal crescido?
Hoje é tua lágrima que escorre, ele já está vencido...
Achas mesmo que perdão resolve as coisas?
Teus erros te fizeram incompleta.
Apaziguaste bastante tuas horas infelizes,
deitada, apertando o rosto na almofada.
Bem vinda ao mundo,
tua infância foi criada pela dedicação que me fez perder a minha,
Agora você mesmo que escolheu me abduzir.
E me debelou por quase nada.
Teu amor é só passado,
outro bem melhor me afaga.
Talvez o meu seja boa lembrança,
Você terminou, o guarde na memória.
Porque essa história é só mais uma,
que o perdão não assume...
Ao passado...
Coluna Poética -N°2
como eu fazia naqueles dias,
em que seu rosto era indeciso, fraco em minha parda memória.
E lembrei de nossas alegrias,
um mundo de incertezas,
o qual murmuravámos em sintonia, revivi nossas histórias.
Percebi que cada curva traz seu nome, seu assunto.
Me sinto inútil longe de teu braços,
tuas lembranças, aquele retrato.
Que resolvi queimar pra esquecer-te, vitória do acaso.
Quem foi mesmo que disse adeus,
sim fui eu, marquei ali minha incompleta.
De certo modo até estava correto,
teus braços já eram amargos e homéricos.
Aquele romance não tinha futuro,
e o escuro assaltava minha alma, agora sou um clérigo.
Ver-te é um sinal de minha decadência,
minha felicidade são teus dentes.
Amarelados pelos cigarros que fumaste ao me perder.
Acomodados pelo nada que tinha á dizer.
Um final refugiado,
no que chamamos de acaso,
uma vida atordoada,
no que dizemos "vai passar".
mas um prato a ser lavado,
mais um dia sem horários.
Mais um dor que vai andar,
e espaldar nessa inocência...
6.10.07
Coluna Poética -N°1
Tudo é tão misero,
que fico sorrindo
por um espaço de tempo infiél.
Eu sou oportuno,
a dor engasgada,
nesse nó retrátil por dias ao léu.
Se existissem pernoites que me levassem a melhorar,
eu não veria o sol conforme as escrituras,
essa estrela me condena a saber que o dia vai voltar.
E nele saberei que teu sonho é tão distante quanto nossas ruas,
outrora era completo meu mundo de ternuras.
A natureza absorve as medusas...
Agora, tudo tenho e nada quero,
teu nome é um processo,
vômito dum descaso,
eu só precisava dum olhar.
Humano e insincero,
mal dotado e ignóbil,
o porco que se alimenta,
do estragado caju do ócio.
Quantos anos completo,
desde que teu ventre deixou de ser fortaleza?
Por muitos ainda chorarei o dia que tu negastes minha nobreza.
Agora, a vida cuidou de defender essa cidadela,
que não ataquei mas, os muros me limitam a ela.
È uma pena e apenas, mais um estrago em forma de poema.
Texto: Marcus Mavi
2.10.07
Coluna Mundo -N°2
Com o Renan mais enrolado que rabo de porco, agora é o Ciro Gomes, que concorreu a presidência da repúlbica,que tá enfiando o pé na jaca...
http://revistaepoca.globo.com/EditoraGlobo/Artigo/exibir.ssp?artigoId=79359&secaoId=6009&edicao=489. Bem-vindos ao Brasil...
Numa das minhas caminhadas pelos sites de noticia, encontrei no G1 um excelente site. No tal, vi uma reportagem sobre as Lan Houses. Isso merece um comentário!
Um Império Digital em ascensão.
Há cerca de dois anos, havia apenas uma modesta Lan lá perto de casa, a Lan do Tigrão (figura). Tdo dia e deixava meus R$ 2, 3, 4, 5 ... por dia. Jogava muito e entrava no nosso maravilhoso Orkut e Msn. Era um iniciado na era digital. Passando alguns meses, comecei a perceber a quantidade de gente que ia na LAN, inclusive garotinhos e homens feitos que não saiam dela. Eu podia aparecer as 12, 14, 22 horas e eles tavam la,jogando um MRPG on-line ou simplesmente de bobeira. Me perguntava se as tais pessoas não estudavam, não tinham mãe, namorada e etc...
Eu presenciei cenas em que o dono da LAN EXPULSAVA clientes por bobeira, batia nos garotinhos e tal, e os tais voltavam no dia seguinte, pasmem, perguntando se podiam voltar a ficar ali. Entendi que aquilo estava se tornando algo além do comércio, os garotinhos estavam completamentes viciados. Algumas vezes os vi com camisas do Santa Mônica, São Bento e outros ótimos colégios pagos.
A medida que o tempo passava, eu me viciei também. Havia periodos que eu ia duas vezes na Lan House por dia. Graças ao bom Deus, nunca permiti abusos comigo, pois, sempre fui bem informado. Os esporros e brigas eram hilários, o cliente (uma garoto de dez ou doze anos) ia e PEDIA pra usar o computador, o dono da casa o enrolava e passava vários outros usuários á frente dele na fila; a maioria meninas bonitinhas.
Em meu colégio, as quatro Lan´s próximas ficam lotadas de estudantes uniformizados em horário de aula. Por vezes passei e avistei diversas meninas (algumas lindas) bebendo e fumando com os donos e funcionários da Lan House, uns playboys, playssons e outras raças de idiotas com dinheiro que existem nessa cidade. Grande parte da culpa por eu ter repetido ano passado era dessas minhas saidas para usar os computadores coletivos.
Numa hora, tomei nojo daquela situação, cada vez mais fui me libertando do vicio até que aconteceu uma coisa que, aqui em meu bairro, agente chama de FILHA DA PUTAGEM: Um funcionário da Lan House desligou todas as máquinas sem avisar,cerca de vinte minutos antes do horário normal de fechamento do estabelecimento, eu estava enviando um curriculo! Na hora, fiquei muito revoltado e tirei satisfações com o cara, que me respondeu:
-Ué, eu sou o que tá tomando conta, eu fecho quando eu quiser.
Eu xingei o cara de tudo qn é nome e fui embora sob promessa de nunca mais voltar ali.
Nessa época começou um processo de massificação dessas lojinhas no meu bairro, agora já tem umas dez Lan Houses numa área de, no máximo, trinta minutos de caminhada. Todas lotadas e com sistemas iguais aquela que eu ia.
Conclusão:
Eu não sou contra as Lan Houses, acho uma solução barata e acessivel para a galera que não tem PC em casa mas, uma quantidade de abusos imensos são cometidos lá dentro e, muitos muleques de 15 anos se perdem nessa palhaçada. O adolescente ainda é meio criança e diversão pra ele nessa fase é prioridade, o problema é, essas casas de jogos dominam a mente de alguns, ou melhor, de muitos deles. Eu tenho amigos que repetem direto no colégio por causa do novo Call of Dutty, dum campeonato de CS, Warcraft. Sei que isso tudo é legal e tal, mas, essa babozeira tá sendo muito exaltada. As Lan´s estão integrando os jovens na digitalização e tirando-os da vida real. Nossa policia está sendo falha em não fiscalizar essas casas e nosso prefeito em não impor regras mais pesadas para elas.
Aqui estão dois links do portal G1 sobre as Lan´s, aconselho a ler:
http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL110264-5606-11582,00.html
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL138999-5598,00.html
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