15.9.07

Uma vez

Uma vez,
conheci um sorriso dolorido,
de olhos castanhos e,
um olhar bem amigo.
E olhei seus lábios carnudos,
senti um alivio...

Alguma vez,
eu morri de ódio daquela boca,
e nunca mais quis prova-la de tão louca.
Pobre tolo, fui um coitado.
De não perceber,
o quanto aqueles defeitos me fariam falta...

Hoje, os cabelos lisos me tomam a fronte,
e os dentes brancos aliviam minhas tristezas.
Minha princesa, eu daria tudo pelo teu futuro,
tenho tanto medo de ser mais uma foto.
Fiz de tudo para teu caminho aqui começar,
você sempre prometeu carregar,
meus defeitos consigo e deles lembrar...

Não há verso que mostre minha inconstância,
de sentir que nossos mundos desatinam,
desafinam-se as cordas da tolerância,
de tua vida de moça e da minha de bandido.
Até hoje, vejo o sinal vermelho como aviso,
nele comecei este delirio...

Obrigado, por cada sorriso,
cada amasso.
Cada desprezo e esculacho.
Cada X-tudo, cada cigarro.
Compartilhados na dor de dois pobres coitados...

Será que tanta história falecerá,
não, não sem luta.
Hoje tua vitória é fruta,
da árvore da persistência,
a semente, creio que plantei em ti.

Prometo, que não tão tardar,
estarei contigo nos céus dos felizes,
e farei desenhos sobre as cicatrizes,
da incrivel batalha que foi te levantar.

Peço apenas que não esqueça de cada incerteza,
que cultivei calado para te poupar,
e não se deixe levar pela fraqueza,
do novo e do justo,
Estar contigo se torna um luxo,
um pecado celestial chamado amar...

Ah, se minha poesia te trouxesse mais alivio,
para tuas desavenças de menina,
num corpo jovem, belo e firme.
Algum dia te farei chorar,
da alegria de ver nosso filho,
deitado em teu peito provando do paladar.

Algum dia, linda, algum dia,
seremos felizes e seremos amigos,
mais do que tudo, seremos bandidos,
presos juntos pelo crime de amar...

Por você farei o impossivel,
para que teus olhos ainda possam me admirar,
tanta luta, tanto amor e sacrificio,
não secaram tão fácil ou irão a deriva.
Nosso navio não afundará,
eu não ficarei para trás no iceberg...

Façamos um trato, um ato de maestria,
proponho uma trégua em nossas brigas,
estarei contigo e você em mim.
Na morte, derrota ou alegrias...

Como dói meu peito ao pensar que teus lábios,
possam desejar alguém melhor do que eu.
Como fere minha alma ao delirar de fato,
que você é uma rainha e eu um plebeu.
Não vai embora, sem você nada faço.
Não me deixe sonhar com a morte,
não me abandone na ironia da sorte...


(Para minha princesa)
Marcus Mavi

2 comentários:

§ Fada das Delicias § disse...

§ * batendo na porta* §
-posso entrar???
O.O
- nossa que blog legal vcs tem...
as fotos estão lindas... (não esperava menos de vcs)
as poesias idem... e as historias engraçadas... bem bjux

Unknown disse...

nossa... nunka pensei q vc fosse capaz d tanto sabia?! hahah
fikou mt bunito menino q malha pra fika saradinhu... heheheh
vou tentar visitar seu blog cm frekencia pra v c vc consegue as 5 visitas q deseja tah!?
Bjins