Sou o corrimão do braço da vida,
que vive, mora e falece em minhas incertezas.
Sou o tempo que absorve a ida,
sou a dor, o extremo, a surpresa.
Não vivo entre doces, festas e poesia.
È tudo falsidade de quem já viu num dia,
o que é a dor de ser um número.
Sou o zero á direita da harmonia.
O jornal que anuncia a hipocrisia,
odeio indiretas, amo todo dia.
Acordo nesse abcesso de simetria,
nessa alvorada invocada por magia.
Estou a volver as estrelas,
a fim de num dia,
tentar ser algo além do que um sonho.
Estou tão longe que até anunciaria...
Que esse coração está a venda,
que essa alma já foi para o abate.
Não apenas mais um sonho por encomenda,
agora tudo é tão real quanto as desavenças.
Bem-vindo, eu mesmo, ao show da guerra,
que é alvorecer nessa cidade de merda.
Que é responder pelos crimes dos fracos,
e dizer pra si mesmo, não dá mais...
Adeus, infância imunda e incompleta,
diga tchau aos biscoitos de maizena.
Agora, seu amor foge com as pernas,
e, tu mesmo, berrará "Volte atrás!".
texto: marcus mavi
Aos dias que passam....
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