15.9.07

O uniforme

O uniforme verde-escuro,
me cairia tão bem.
Se não fossem as inconstâncias,
os segredos, o além.
Muitos nos prometem um bom deus,
e vivemos progredindo insensatos.
Nessa morte amargurada que é,
o viver sem o marasmo.

A maré fina nos convence,
de que alguém está olhando.
uns livros até dizem,
como é profundo o sonho humano.
Vivo de alguns delirios,
intrigantes e suspiros.
Duma vida sem designios,
poucos amores e alguns motivos.

Você sempre foi um deles,
mas parece estar tão longe.
Tua moradia é perto,
mas teu coração uma falange.
Invencivel aos meus cavaleiros,
tua bandeira é de metal,
já cai diante dos morteiros...

O que faremos sem sossego,
entorpeceremos os pesadelos?
Sou um amante, não um modelo,
da incapacidade adquirida ao longo dos dias.
Da ferocidade usada em algumas brigas,
se tua cara ao menos estivesse mais amiga.
Do pesar e do gozar, nessa existência indecisa.
Algum dia tua tela irá borrar...

No pernoite eu agrido,
todos meus anseios protegidos,
pela claridade rala entre a chuva fina.
Nesse deserto pacato da agonia,
de te ver passar e não ver a poesia,
escrita e absurda entre os dias;
corrompida e suja pelas falhas linhas...

Um comentário:

§ Fada das Delicias § disse...

Bem de fato dou minha cara a tapa se não foi o Thiago que escreveu esta poesia...
bem a cada dia vc se supera meu caro...
e de fato as vezes me sinto encontrada em sentimentos nas tuas poesias como não me encontro nas minhas...
e seu "Uniforme" so pode ser aceito se vc não o quiser de corpo e alma...
mais sim sim... espero que encontre o que procura... e de certo encontrara em alguma esquina perdida...

bjus...
E.T.A.M.

§ Dana §