Essa cruz que abate cada dia de minha vida,
é um remorso eterno das dores não feridas.
O descaso alienado da plenitude mal querida,
talvez o inferno seja mais breve que o desamor...
Eu faria, adquiria, qualquer complexo em teoria,
deste relicário apaziguado pela pouca alegria,
faria de meu eu, um destrutivo consenso de histeria.
Sou um dinossauro a falecer em teu meteoro...
Se teu complexo de adjacências não fosse tão reto,
de certo, estaríamos amantes e não decrépitos,
seriamos um dissonante nessa patifaria do completo.
O esmero da intolerância nos fez regojizar.
Agora vá, curta, amargure e chore tua insensatez,
viva teu repleto mundinho mergulhado em prazer.
Ficarei aqui provando do fogo do flanco ruim deste amor,
sinceramente, sem você, até sei quem mais eu não sou...
Tu me obrigas a sonetar todos os meus afazeres,
teu retrato composto em palavras ofendidas e soletradas,
sou um compositor em dias agourados,
sou o relógio que define o fim deste ocaso....
texto: Marcus Mavi
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