7.11.07

O violão


Digo ao infinito que estou vivo,
recém-nascido, esculpido no vicio.
De salientar o pouco que fiz,
reerguer as muralhas de aprendiz,
dessa vida passageira feita de concreto;
deste sincero disperdicio do certo.

Encontrei uma felicidade tão real,
sentado ao largo com meu violão.
Alguns amigos pelo chão,
diziamos que Deus era maior.
Fiz disso um retrato,
para lembrar de como estou só.

E adiciono novos rumos,
vivo bem com o espelho.
Sou um homem sem desejos,
apenas desesperos.
Como o alfajor que estraga,
após dias de conselho...

O bom um dia virá por completo,
de certo estarei lá para deliciar.
Da paz que algo tenho um relampejo,
dos olhos sem lágrimas por amar...

O braço escalado e polido,
deste aparelho de concertos,
deste conjunto de libidos,
deste enraizado amigo,
me faz pensar que como viveria.
Sem tocar minhas agonias,
pleo bronco dos dias....


Marcus Mavi

2 comentários:

Anônimo disse...

É a vida ensina...
Cada coisa q passamos ensina...
Cada coisa q fazemos ensina...
A sermos mais idiotas com o tempo...
Tu pela sua morena eu pela minha ruiva...
E assim caminha a humanidade...

Anônimo disse...

Ou pelas minhas brancas,
pelas minhas ruivas,
pelas minhas loiras....
Salve os idiotas!