Quando as folhas caem, você vê a arvore nua,
Num espelho apertado, sua face suja.
Uma página molhada de café.
Um caminho deslizante até o inferno.
E você, em qual pedra suas promessas desabarão.
Qual o teu sinônimo de incerteza.
Qual tua força, teu brasão.
Que se acha capaz de tomar meu coração.
E me fazer de otário,
Embaçar meus óculos,
Enxergar meu armário.
As mesmas dez ordinárias,
Cada uma conta algo,
Dores, amores, salafrários.
São tão inúteis, tão usuárias.
Os pseudônimos,
Vá se embora português.
Não, não exprima minhas torturas,
Dores e usuras,
Deixe me calado.
Deixe me instável.
Para tomar-me de assalto,
Com tua carne, cheiro e teu asfalto.
De teus caminhos, suspiros e somados.
Detenham-me, não me deixem mais partir,
Façam qualquer coisa comigo,
Algo como nos livros.
Já foram abrigo,
Hoje são estrelas distantes, mensageiras,
Dessa minha angústia em te ver feliz, sem mim.
Duma inteligência honesta,
Dum idiota qualquer,
Alguém que se chama,
Solidão...
Sagas amargas,
De algum Jesus, Maomé,
Algo que se define,
Ilusão...
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