27.2.08

"As carabinas de Almovadar" -Parte 3

Como dito no post anterior, esse pequeno conto se tornará a minha novela literária e seus capítulos serão inseridos na rotina normal do meu blog.
Espero que gostem...
Pra quem perdeu, eis o link dos dois primeiros capítulos:
Capitulo 1
Capitulo 2
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Teorias de Acampamento

"Capinar, cavar, comer , atirar e cavalgar. Eis tudo que ando fazendo desde que cheguei aqui nesse vilarejo inóspito do nosso pais. Belo como todos os outros, de senhoras gentis, garotos astutos, alguns homens feitos que cuidam de nossos cavalos. O mais interessante é rever os sentimentos que tínhamos antes da grande batalha de Carmor-Delcon (nome dado aquela que fomos os mocinhos do dia). Aliás, em oito meses de alistamento, aquela foi a única escaramuça armada com nossos verdadeiros inimigos."

Esta é uma anotação de meu diário de combate, hoje aqui, ao lado, envelhecido e amarelado. O resto das escritas não consigo entender muito, graças ao balaço que meu caderninho preto levou num dos combates que iriam seguir...
De fato, realmente achava que a guerra acabaria depois da nossa arrasadora vitória naquela campária. Fotos foram tiradas de nosso regimento, saímos por diversas vezes na primeira capa do grande jornal da capital, o "Carta da Independência". Tanto fantasiaram sobre o combate que nosso maior entretenimento era sentar em frente a fogueira e rir dos grandes feitos individuais.
No dia em que registrei o cotidiano do Forte Eldir, erguido com o suor do meu e de outros muitos regimentos de cavalaria que se concentravam ali, outra carta era dirigida ao povo do meu país. Nosso velho rei se manifestou, Callador XVI publicou que toda a nação deveria mover a máquina da guerra e que, esta, daqui pra frente não cessaria até o último Carmiano, Erguitão e aliado se rendesse ou fosse derrotado em batalha.
A grande verdade é que o idoso governante acreditava que estava mais do que na hora de pacificar as fronteiras e a região de nosso reino. Ele sabia que não poderia fazer isso sozinho, nosso governante era astuto e sábio, arrastou inúmeros principados anões conosco para a guerra.
E eu, ali naquele lugar chamado Rolden-for, realmente acreditava que os Carmianos iriam se render logo e eu iria voltar para a minha fazenda ou para a casa do tio Aldor. Fui estúpido ao notar tão tardiamente que um exército estava se reunindo na Fortaleza Eldir e que, logo eu partiria novamente para a guerra.
Maior estupidez foi de não entender que aquilo era algo muito maior que outra escaramuça com os Carmianos por léguas de terra. Os grandes generais de Farador estavam interessados em unificar a região numa única grande potência fantoche para poderem trazer suas tecnologias e comércio; já os Galgadorianos tinham grande vontade de destruir meu pobre reino e assim acabar com a influência de seus inimigos na região (Farador).
Como era de se esperar, navios e mais navios cargueiros vindos de nossos velho aliados Faradorianos nos trouxeram armas e capital para iniciarmos a nossa grande campanha militar. O pequeno problema territorial entre dois países recém-formados logo iria se tornar uma espécie de guerra mundial espalhada por todo o continente de Paladir e nas ilhas do extremo oriente.
As peças do xadrez estavam sendo postas na mesa, deveríamos tomar a iniciativa. O primeiro passo era intervir com nosso maior poderio bélico, a Armada del Rey. Antes mesmo da proclamação do nosso soberano ser distribuída na base a qual eu estava, os nossos encouraçados e vapores se dirigiam a costa do Erguitões.
Por terra, cavalo e carabina. Pelo Mar, Aço e pólvora...

Ontem poderia ter sido diferente

Texto Inspirado nesse post aqui.
Por motivos de força maior estou interrompendo a citação do meu conto para publicar esse post.
Graças as expectativas criadas, prometo transformar o "Carabinas de Almovadar" numa novela literária que nos acompanhará por algum tempo.


Ontem eu poderia ter acordado e estar indo a Faetec buscar meu diploma de Eletrônica e depois ir direto ao meu estágio na Rede Globo. Porém, eu recebi a manhã de "cara fechada" e fui buscar meu histórico para me transferir para um Supletivo.
Ontem eu poderia ter voltado para a casa e recebido a ligação da empresa em que fiz entrevista e que, na minha opinião, fui muito bem na dinâmica de grupo. Contudo, as horas passaram e nenhuma ligação apareceu.
Ontem eu poderia ter ido tomar sorvete com uma menina super legal e bonita e com ela comemorar meu novo emprego. Todavia, o pai dela cismou em barrar a nossa saida.
Ontem, ao menos, meus velhos amigos poderiam ter me ligado e me chamado para comer um X-tudo para mostrar preocupação comigo. Doravante, não vejo meu melhor amigo há duas semanas e ele mora na rua ao lado.
Ontem eu deveria estar chorando falando mal da minha existência mas, na noite passada prometi que não ia me entregar.
E hoje, o que poderia estar acontecendo?
E hoje, o que realmente vai acontecer?
E se tudo der errado?
E se tudo der certo?
Aonde está esse Deus que me ensinaram a acreditar por toda a minha vida?


Podia ser diferente...

24.2.08

Relatório da vida cotidiana (Dia 6.321)

Resolvi dar uma parada no conto para falar um pouco sobre minha vida...
Os últimos três posts falaram de Espadas, Navios e teses mirabolantes sobre a história do nosso Brasilzão...
Como o objetivo principal desse site é falar da pessoa que o escreve, esse rapaz, lindo, belo, músico talentoso e escritor cultissimo, ou seja, eu...

Bem, enquanto vocês cavalgaram junto ao Carabineiro Eldon ou consultaram seus livros de história e passaram ao lado Monarquista desse pais, minha vida trouxe algumas coisas a serem citadas...
Quem acompanha o blog há um tempo percebe que de vez em sempre me aparece algum dilema sobre a vida ( A dissertação sobre as filas de carro que tive durante o carnaval, minhas perguntas ao Barbudão sobre o que seria da minha vida aos meus 18 anos e muito mais).

Hoje eu fui tocar na Igreja, coisa que não faço há meses, sendo que tive épocas de participar de três ou quatro grupos de música dentro da Paróquia. Serei sincero, eu ainda acredito em Deus e tudo mais, porém, tanta coisa que veio me fez retroceder em muito na minha fé e por isso agora evito estar a frente de qualquer coisa dentro do catolicismo...
Sendo que voltei do grupo conversando com um amigo meu que também joga futebol americano, é interessante o fato de sermos iguais, na alegria ou na desgraça. O cara é muito gente boa...
Quando eu perguntei pra ele como ele estava, o tal me respondeu assim ó :
-Cara, agora estou rindo reto, a queda acabou irmão, tô andando dentro do fundo do poço.
Tirando os pormenores da minha vida pessoal que por motivos de integridade não falo aqui, eu realmente visualizei eu nesse estado "na merda". E vi uma coisa, é, realmente estou "na merda".
Já se vão mais de três meses de má fase, só Deus e eu sabemos o que passei nesse periodo. Muita coisa não digo para quase ninguém, deixo aqui dentro de mim.
Mas o interessante não é falar sobre minhas derrotas aqui. O principal é dizer o quanto tenho sido forte nesse momento. Sinceramente, eu já passei por situações bem decadentes, porém, jurava que não ia aguentar essa. O pior, ou melhor, sei lá, estou aguentando na boa...

Uma luz começou a ascender no túnel da vida, algumas coisas apareceram de bom...
Fazia meses que não colocava a mão no meu Contrabaixo, fui chamado para uma banda Nova e ensaiei com os caras. Nossa, nunca me senti tão feliz como Músico. O time tem estado mais distante graças a minha falta de motivação que normalmente me abate nos finais de semana e por falta de dinheiro para manter os dois Hobbies.
Agora, quero que acompanhem junto comigo o que vai acontecer...
Como diz o carinha da minisérie da Globo. Irei fazer da minha vida um espetáculo...
Bem-vindos ao Big Blog do Mavi...
Minha aposta é que em 1 mês estará tudo bem melhor porque meu estômago veio com a função de termômetro do meu "6° Sentido". Confiem, quando as pontadas e a sensação de gelo interno começam quando penso em alguma coisa, algo grande está por vir...
O Dilema da vez é, quem eu sou de verdade. Dizem que o homem tem três personagens dentro dele, quem ele acha que é, quem as pessoas acham que ele é e quem ele é de verdade.
As vezes me pego rindo desesperadamente junto aos meus amigos e meia hora depois, estou aqui nesse quarto caindo em lágrimas.

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O Amigão do O Arroto me chamou para a minha participação externa na blogosfera!
Estou feliz do meu cunhado ter voltado a escrever...
Vamos ver no que vai dar, meu texto em conjunto com outros blogueiros sai sexta-feira que vem...

Abraços

Observação: Quem deu permissão para aquele Cisplatino agarrar no Botafogo hein! Isso que dá, bota castelhano pra fazer trabalho de Brasileiro...
Mengooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

17.2.08

Ensaio Literário - As carabinas de Almovadar parte 2

Eis a Segunda parte desse meu ensaio literário.
Estou muito feliz com os comentários feitos da primeira parte...
Além dessa que posto agora, virão outras duas...
Obrigado, boa leitura...
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O único momento mais parecido com o que passei naquele dia fora um tiroteio entre dois coronéis e seus campangas bem em frente a fazenda de minha familia. Tivemos de intervir, eu com treze anos tive de disparar algumas vezes contra dois ou três homens feitos, nada acertei mas, o bom Deus os afastou de nossas terras. Já meu velho,de pontaria aguda, transpassou o ventre dum rapidamente num disparo certeiro. O pobre diabo nem durou para ver o entardecer, o devolvemos ao bar donde sempre ficava, lá na vilha velha e voltamos...
Os pontos avermelhados chegavam cada vez mais perto, no front via o Tenente e seu porta-bandeira convergirem para o centro da linha inimiga. No impulso violento daquele trote ensurdecedor segurei firme minha arma e mirei bem no meio duma das silhuetas inimigas, disparei. Toda tropa abriu fogo, vimos os Carmianos cairem aqui e ali em sua linha. Deviam estar a oitenta metros. Em rapidez segurei a clavina como uma lança e nos poucos segundos que antecederam o choque, vi meus irmãos desabarem dos cavalos. Os carmianos retribuiram em salva pesada...
O choque foi colossal, com as baionetas levantadas, eles espetavam o peito de nossas montarias e nós, com as nossas baionetas cortavamos a front e membros. Eu bati de frente com dois adversários, desviei da primeira facada e encravei a lâmina no ombro do outro. A linha rompeu...
Nós abrimos caminho por entre fileiras de carmianos, ao fundo o barulho do tiroteio entre as vanguardas do XX corpo e de Carmin.
A cena de erguer-me e girar o equino para este não receber a espada na barriga e esquivar-me por entre a guarda e cortar alguam parte do inimigo veio mais algumas vezes. No meio da confusão de homens vermelhos e cavalos atropelando, gritos, tiros e canhões, num determinado momento avistei a bandeira do regimento cruzando o centro e seguindo até as costas das fileiras que disputavam campo com o Corpo resgatado. O Sargento estava perto de mim, vi a lingueta de sangue espirrar do Carmiano a qual cortou a garganta, após conferir a morte do inimigo, Ruelles berrou a tropa "Segundo Esquadrão, ataque a vanguarda, sigam a bandeira do Tenente."
Nesta hora, os diabos que tentaram deter-nos corriam até o quadrado do batalhão que estava a nossa direita. Toda nossa tropa convergia em direção aos soldados em linha, se eles não recuassem, seria um massacre...
A fileira a nossa frente preparou uma salva para nos deter, os disparos tiveram o mesmo efeito do começo da batalha, cairam alguns entre nós. Quando se viu nossa força não dissipar, as defesas entraram em desespero e começaram uma retirada para o flanco. Espertamente, o General forçou o fogo de canhoneio e levou a vida de muitos orientais na manobra. Pressionados pela retaguarda e vanguarda, os batalhões quase que foram aniquilados. Uma corneta foi ouvida na direção central das tropas avermelhadas, era o toque de retirada. Em segundos, todos os inimigos partiram numa debandada. Novamente vi meu Tenente segui-los, Ruelles berrou "Esquadrão, degolar!"
Na linguistica da cavalaria, degolar e massacrar eram sinônimos confiáveis. Eu tive o tempo de resguardar a carabina nas costas e sacar o velho sabre da guerra de Independência que meu pai me derá. Era hora da velha lãmina cruzar alguns peitos. De espada em punho, perseguimos os orientais até a margem duma linha d'água. Muitos deles correram de volta para o seu pais, outros tentaram atravessar o rio. Destes, nada sobrou e dois foram por minha mão...
Parei de encontro a um que tentava atravessar o lamaçal da beira do riacho, resolvi deixá-lo em paz. Meu peito estava em chamas, o fulgor do combate me afastou do tempo e todas estas lembranças que agora escrevo voltaram apenas em dia seguinte. Duldor estava ao meu lado e veio em trote diante de mim, apertou minha mão:
-Para um garoto vindo da fazenda, até que você mata bem.
Eu sorri:
-E para um velho beberrão até que você corta umas gargantas com astúcia.
Um som de aplausos apareceu oriundo do campo de batalha. Duldor coçou sua cabeça branca e puxou as rédeas, o cavalo relinchou um mocado.
-Venha Eldon, somos os heróis do dia...

Continua...

15.2.08

Petisco Literário para o blog - As carabinas de Almovadar... Parte 1

Segue um pequeno conto que estou escrevendo em especial para o blog.
O componho ao mesmo modo que meu livro. Por isso é um petisco para vocês...
Boa leitura

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O toque da corneta me fez acordar rapidamente, deverás alta, a toada levantou toda a tropa para o desjejum. Se via aqui e acolá as fardas sendo postas e todos nós gemiamos do sono de outra noite mal dormida. Era dia vinte e dois daquele Março interminável...
Por quatro dias após o dó maior matinal cavalgamos pelos bosques entre as terras de Eldir e o Vale Cinza. Deviamos encontrar o XX Corpo do General Rollians em vinte e sete e,assim, irmos juntos dar combate aos carmianos as margens da fronteira.
A guerra se iniciara pela velha disputa desta bela provincia, em tempos de paz, as moças andavam alvoraçadas em seus vestidos pelas plantações. Porém, quando o bélico fortifica cada fazenda, talvez o inferno seja mais alegre que estas incomparáveis planicies.
A toda prova fomos e avançamos pelos campários abertos de pinheiros. A noite, acampavamos por entre os choupos, a espera da alvorada. O sol nos castigava em toda a tarde, lá pelas duas, seus raios incendiavam nossas couraças. Eu me perguntava de quantas vidas já se foram por cima do lombo deste cavalo, um belo espécime. Dizem meus velhos colegas que seu último par fora morto por um tiro de carabina, numa das escaramuças habituais contra os anões. Meu único almejar é não acabar incendiado numa pira e ver este cavalo correr aos punhos de outro homem...
Èramos ao todo, dois esquadrões completos ou meio regimento, mesmo com esse número fomos abrigados pela bandeira de "12° Regimento de carabineiros de New Valldar". Nosso tenente era jovial e barrigudo, de barba crespa e enegrecida, jazia seus vinte e seis anos. Contam por entre as fogueiras que ele servira no batalhão de Caidim, este, foi aniquilado numa emboscada dos pequeninos e seus rifles raiados.
Outros fofocam sobre estar travando sua segunda guerra, sendo a primeira a das Palmeiras servindo na Legião Estrangeira do distante pavilhão vermelho. Se for esta a verdade, sinto-me bem pois, as lendas sobre as cargas á cavalo dos regimentos mercenários de Almovadar circulam por toda Paladir. De todo fato, a peleja pela qual eu me esforçava a chegar era de tanto mistério quanto todas as outras. Em prima vez na minha existência saia de minha humilde cidade ou das fazendas ao redor. Aprendi o controle da carabina caçando cervos com meu pai, provavelmente não serão veados as vitimas dessa arma em minhas mãos...
Meu coração gelou quando vi a cena da terra mudar no dia vigésimo sexto entardecer, em lugar dum descampado de grama rala, encontramos algumas trincheiras entre ondulações na terra. Linguas de fumaça subiam quando se olhava para a frente, tentei não visar os corpos fardados iguais a mim jogados ao chão. Não podia me enganar, a guerra estava tão perto quanto a noite que chegava.
O tal oficial cujo a vida é assunto da tropa subiu até o alto dum monticulo verde e alguns minutos ficou ali a analisar o quadro com sua luneta. Voltou ligeiramente e deu o toque de reunir a tropa. O Sargento de meu esquadrão foi ter com ele. Meus irmãos de ferradura se entreolhavam e de vez em quando apontavam para o escombro de algum canhão destruido ou para o cadáver de qualquer velho ou jovem cortado ao meio.
Tão logo o Sargento Ruelles veio e pronunciou a ordem que tanto temiamos: Iriamos avançar na direção das labaredas preparados para engajar em alguma batalha a qualquer momento. Também ditou que juntassemos a munição num bolso só, jurou que aquele que se dissipar da formação original será tão caçado quanto um carmiano estuprador e morto como tal. E eu ainda achava a palmatória de meu tio um castigo infeliz.
Ao ditar da música fomos embalados, os esquadrões lado a lado, nossas montarias desviavam das carcaças, percebi que metros á frente havia cena parecida porém recheada de inimigos mortos. Defuntos ou não, meu colega de tropa disse que ainda estavam quentes demais para estarem ali mais de três horas.
Não tardou tanto até visarmos o aterrador de nossas mentes, apesar do dia de adianto, chegamos em tarde para a guerra. Segundo o velho Ruelles aquelas eram as flãmulas do XX corpo, de toda forma, pelo meu conto, haviam mais de sete mil carmianos dando-lhe combate.
Meu regimento apareceu a leste do combate principal que era travado num alisamento da terra de grama antes verde. Pela quantidade de forças, presumi que aparecemos ao meio do combate. Duldor, um dos carabineiros que dividia comigo suas história sobre sutiãs e donzelas afirmou que pelas posições de combate, os nossos irmãos estavam em apuros.
Eu ouvi a voz de Ruelles questionar nossa conduta diante da situação ao tenente, a resposta, toda minha tropa entendeu. O tão misterioso Elmon levantou seu sabre em direção ao combate.
Meu comandante berrou: "Preparar para engajar".
Do que veio entre o choque das armas e o preparar de quase nada me lembro, a adrenalina e suor gélido tomaram conta de mim enquanto minha clavina era carregada. O infimo de minha lembrança é metade do discurso do oficial comandante.
-Carabineiros de New Valldar, eis a hora derradeira. Nossos irmãos estão em apuros, devemos ir ao seu salvo. Apenas peço-lhes algo, mostrem o inferno aos carmianos. Iremos contra o flanco deles, atirem e depois arranquem cabeças. Por glória, pelo pais e pelo velho rei!
O berro do regimento acionou as tropas inimigas postas próximas de nós, em face de espanto, seus oficiais preparam para receber a carga. Quando a espada de Ruelles apontou para as linhas de soldados vestidos de vermelho, dai em diante algo me tomou de assalto..
Realmente, tudo que veio após meu cavalo dar o primeiro trote foi inferno...

Continua...

12.2.08

Tese sobre a Batalha de Riachuelo e os dias atuais

Senhoras e Senhores tenham uma boa visita ao meu estimado blog.
Neste Post irei tratar de dois assuntos completamentes diferentes, por isso, decidi guiá-los antes da leitura.
  1. Coluna de respostas dos comentários deixados nos posts anteriores e que pedem uma réplica.
  2. O assunto principal: Minha primeira tese histórica formulada no campus da minha mente semi-brilhante.
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N°1: Respostas

  • O André deixou uma questão sobre o Futebol Americano e o Rugby.
Aqui no Brasil, agente joga com as mesmas regras da NFL porém adaptado ao campo de areia (praia). Existem duas grandes modalidades ( O Futebol Americano de Praia) e o Flag.
Na foto, a equipe aparece sem todos os "Pads", que vocês devem conhecer como aquele tipo de armadura e proteção no peito, braços e capacete que por aqui é proibido. Como nem todos os jogadores tem grana para comprar um equipamento daquele, que completo é caro, e não existem empresas nacionais que os fabriquem, os criadores da modalidade proibiram o seu uso.
Somente é permitido Pads de acolchoados. A maioria dos jogadores portam um protetor bucal (semelhantes ao dos Boxeadores) e proteções dispersas habituais de atletas : Munhequeiras, tornozeleiras etc.
Graças a falta da "armadura" americana habitual, nossas equipes parecem times ingleses de Rugby.
Respondido?
Mais dúvidas em Futebol Americano -Wikipédia.
Grande André abração e obrigado por participar dessa familia que está se formando. Galera, pergunte mais que eu respondo aqui.

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Tese sobre a Batalha do Riachuelo e a situação atual do Brasil.

Em primeiro momento, gostaria de agradecer ao meu Amigo Daniel Felismino pela explicação e dissertação sobre o assunto que irei discutir com vocês. Ele me trouxe a idéia e a verdade, em meu ponto de vista, de quanto a guerra do Paraguai interferiu na história da nossa querida nação.
Voltemos ao Brasil Império...

As terras Brasilis eram bem diferentes de como são hoje. O Século XIX foi o mais agitado da história Brasileira e Sulamericana. Haviam inúmeros focos de disputa entre as nações do Prata e o Império do Brasil. Em menos de setenta anos combatemos inúmeras guerras com nossos vizinhos e rebeliões internas. Guerra contra Oribe, Guerra contra Rosas, Guerra da Cisplatina, Guerra do Paraguai além das revoluções provincianas e rebeliões.
Até pouco antes de 1864 o exército brasileiro era uma entidade nacional de importância equivalente aos exércitos nacionais da maioria das repúblicas e Impérios Latino-americanos. Nossa força bélica era impar em relação a nossa Armada, considerada a Sexta do Mundo ao final do conflito contra os castelhanos em 1870.
A Politica era controlada pelos grandes latifundiários e pelo nosso Imperador Dom Pedro II. Os maiores generais e Almirantes Brasileiros eram também grandes nomes da politica nacional.
Quando nos explodiu o conflito contra o bem armado exército de Solano Lopez, presidente da República do Paraguai, mais densamente industrializada e fechada ao estrangeiro que as demais nações em jogo.
A guerra surgiu quando as forças guaranis detiveram o Navio Brasileiro Marquês de Olinda que transportava o Governador do Mato Grosso. O impasse na area diplomática levou os dois povos a declararem estado de beligerância. Antes mesmo do Ultimatum Brasileiro, as tropas Paraguaias estavam em movimento de Invasão ao nosso território.
A partir deste ponto, vou tentar fazer uma breve análise militar do que nós, estudantes da arte da guerra, chamamos de "teatro de operações".
A Região do Prata era dominada por grandes rios navegáveis, a equação é simples, o lado que mantiver o controle da água ganha pois consegue manter suas linhas de comunicação e abastecimento e, assim, avançar mais sobre as terras do adversário.
A Armada Brasileira era tecnológicamente e númericamente maior que a Paraguaia e logo a Argentina e Uruguai também declararam beligerância as terras do Ditador Lopez.
Embora o Exército del Paraguai fosse maior e mais bem treinado e equipado que as tropas inimigas, a marinha paraguaia (em toda fluvial, ou seja, de uso em rios e lagos) era improvisada e provida de navios de madeira. Nossos Vasos-de-guerra eram encouraçados e melhor artilhados que os Guaranis.
No começo do conflito (1864-65) o Paraguai manteve a ofensiva e esteve bem perto da vitória contra as forças combinadas da Triplice Aliança; na Argentina se falava em três meses de campanha contra os inimigos de Buenos Aires. O Sul do Brasil foi invadido e pilhado e as tropas brasileiras sofreram sucessivas derrotas. Doravante toda essa luta se estendia e o avanço del Paraguai aumentava, a necessidade de controlar os cursos d'água para manter uma linha de suprimentos aumentou.
Foi na manhã do Dia 11 de Junho que se decidiu o rumo da guerra, do Paraguai, da Politica Latinoamericana e do Império do Brasil, anos depois.
A maior parte da Armada Brasileira estava ancorada na região do Prata, conforme as necessidades táticas paraguaias citadas acima, os navios paraguaios tentaram furar o bloqueio brasileiro. Isso se deu num afluente do rio Paraná chamado Riachuelo.
Os paraguaios se entrincheiraram pelos rio com peças de artilharia e tropas, com navios menos potentes, decidiram usar a tática de pequenos barcos (chamados Chatas) para tomar os navios pelo combate branco enquanto as duas Armadas se enfrentavam.
A batalha se estendeu por tempos e a Armada Brasileira passou por apuros. Um navio Brasileiro encalhou, outro quase foi tomado quando cercado por duas naus paraguaias. Porém, o sangue verde-e-amarelo se mostrou mais forte quando o Almirante Tamandaré a bordo de sua Fragata ordenou o curso para que sua belonave se chocasse contra os vasos paraguaios e os colocasse a pique. Tática largamente usada pelos Romanos e esquecida naquela época, donde o combate da artilharia entre os navios inimigos era a estratégia quase única das Marinhas mundiais.
A Fragata pôs á pique o primeiro navio Paraguaio, este fato estarreceu nossos inimigos, ao caminho colocou outros dois a mercê das aguas. Neste movimento, apenas parado quando a terceira belonave paraguaia foi partida pelo casco, toda a frota brasileira pôs-se a combater ferozmente a Armada inimiga e esta perdeu grande parte dos seus componentes, tendo o resto ficado inutilizável por toda a guerra.
Continuemos...
Riachuelo possibilitou aos Brasileiros expulsar os invasores e também invadir o Paraguai anos depois numa luta carniceira e heróica de ambas as partes. Desta era que surgem episódios como: A Passagem de Humaitá feita pela nossa Armada, o combate nos chacos de Tuiuti, a batalha de Avai pela qual Osório se consagrou, a Dezembrada entre outros fatos da história militar brasileira memoráveis.
No dia 1° de Março de 1870, o último exército paraguaio é destruido e Solano Lopez morto a tiros e golpes de lança do Cabo Brasileiro Chico Diabo. "Do Cabo Chico Diabo, do Diabo Chico deu cabo."
Aqui, vocês devem estar perguntando o que tem haver o curso dessa guerra com a história contemporânea do Brasil. Começarei a desfiar a teia dos anos que passaram até chegarmos ao nosso 2008.

Ao término da guerra, o exército Brasileiro era a maior entidade nacional da pátria e anos de conflitos entre a oliguarquia do café com o Imperador foram importantes para o papel de nossas tropas neste periodo da história.
A maioria dos oficiais brasileiros voltaram com idéias republicanas da guerra ao ver os avanços paraguaios na indústria e economia antes do conflito. O problema dos cafeicultores e do Monarca era a Abolição da Escravatura. Isso foi usado de álibi pelos fazendeiros brasileiros para derrubar Dom Pedro II.
Uma das idéias da época era que a Monarquia era atrasada históricamente e não poderia oferecer as bases para os avanços de que o Brasil necessitava. Hoje completamente desmentida, foram descobertas as verdadeiras intensões do Imperador que queria industrializar e modernizar o pais muito mais que as forças que iriam tomá-lo na Proclamação da República.
Usando dos ideiais republicanos e modernistas dos soldados, os grandes dos grãos aliciaram o exército para ajudar a derrubar o Imperador. Isso foi feito no Dia 15 de Novembro de 1889 quando o Marechal Deodoro da Fonseca anunciou a derrubada do regime monárquico e a expulsão da familia real do pais. Neste outro grande dia para os Brasileiros que começou a ser semeada a nossa situação atual de descaso. Mesmo com a escravatura abolida, o exército derrubou o Imperador e assumiu o governo da república.
Durante os primeiros governos militares, a péssima gestão reinou e isso se repetiu por todos os anos até Getúlio Vargas. Quando Getúlio voltou a presidência e suicidou-se , os militares estavam novamente dispostos a governar entorno dos júbilos de Monte Castelo na Itália pela 2° Grande Guerra. A ditadura Getulista foi derrubada tempos depois do retorno das tropas, um fato curioso e bem parecido a queda de Dom Pedro II.
Bem, neste periodo que os antecessores de Vargas mandavam e depois o próprio, o café caiu e as elites sobreviventes entraram em choque com os militares até o presidente eleito Getúlio ir longe demais para eles. Ai, novamente apoiaram as tropas para outro golpe militar e governo das fardas.
Que todos nós sabemos o que foi feito da nossa terra sob dominio dos Generais é fato, foi durante a Ditadura que nossa força armada mãe perdeu todo o seu prestigio popular adquirido no Paraguai e de quando o Regimento Sampaio subiu as encostas daquele Monte Castelo.
Assim que estavam cheios do comando, da bagunça e guerrilhas civis, os militares abdicaram e entregaram os poderes novamente a um não-fardado. Este era da elite nova e rival do exército e evolução "nada mais, nada menos" que dos barões que derrubaram o Pedro em 1889.
Para entender como a elite brasileira administra nosso pais é só ligar a tv e ver o Jornal Nacional. Uma pergunta vem e volta em minha cabeça quando penso em Riachuelo:
E se o Brasil perdesse a guerra?
O que seriamos hoje?
È este ponto, entre outros, que quero que explorem em seus comentários.
Todo esse meu estudo é fruto do trabalho que faço em escrever um livro nesta era. Prometo outras vezes citar alguns fatos históricos belos e esquecidos da nossa memória popular.
Outra coisa interessante é de como o Brasil passou a ensinar sua história Imperial e Militar nas escolas após a Ditadura. Nós, estudantes, vivemos uma represália por parte de nossos comandantes para com os Generais.
È claro, as forças armadas foram mesquinhas e ordinárias ao ditadorizar nossa pátria porém, o que veio antes é belo. Os valentes brasileiros que combateram no Paraguai não têm culpa do que seus sucessores fizeram de nosso pais.
Se Deodoro da Fonseca tivesse tido um Dejá-vu do que sua terra se tornaria, talvez até hoje nos curvariamos a um Pedro VI e fossemos mais que emergentes...

Obrigado...
Se o assunto render, prometo postar novamente sobre...















7.2.08

Relato dum folião... Carnaval 2008 segundo Marcus Ferreira

Um dos assuntos de meus pensamentos em viagens e dias de festa é observar para o monte de pessoas que transitam nos engarrafamentos desse nosso Rio de Janeiro, já fizeram isso? Pois é, uma das minhas diversões mentais é olhar aquele formigueiro de carros, conduções, vans e imaginar que cada Kombi daquela transporta umas dez, doze pessoas, ou melhor, doze vidas diferentes vidas com amores diferentes, histórias diferentes, familias diferentes. Tenho certeza de que, pelo menos uma vez, os leitores dessa página já se depararam com a imagem dum carro ao lado com uma familia e se pôs a deduzir quem eram, o que faziam, a quem amavam...
Essa tendência de observar salientou-se por todo o carnaval, sigamos com a minha história de Pierrô...

Como citado no Post anterior, minha vó foi para Iguabinha com a minha madrinha. Eu decidi ficar em casa, lógico, uma ou duas discussões com a minha mãe foram necessárias. Todos os dias de folia, ter ficado no meu feudo foi uma benção de paz e duma solidão que eu tanto esperava.

Sexta-feira á noite ficou combinado com o Daniel (um velho amigo meu) que agente iria para a cidade curtir lá. Eu nunca vi um lugar tão lotado na minha vida. Depois que a Maratona Odeon acabou não sendo possivel, graças a falta de ingresso, decidimos ir para a Lapa. Outro fator que eu achei graça foi eu encontrar milhares de pessoas conhecidas lá. Eu e Daniel temos uma paixão em comum: História.
Umas horas depois, outra amiga antiga apareceu por lá e assim ficamos. Uma noite agradável...
Nosso último ponto foi o Beco do Rato, um barzinho excelente.
Voltei para meu lar e dormi até tarde...

Sabádo eu realizei um sonho de criança que não havia sido concretizado, entre os outro fatores, pela falta dum pai presente para me levar ao Maracanã.
Meu cunhado mais alguns amigos me chamaram e lá fomos para um Botafogo versus Vasco. Eu, flamenguista, torci para o time da galera e o tal venceu. Vitória para o Fogão...
À noite voltei para a casa e lá fiquei durante todo o Domingão.

No dia que Deus descansou, eu resolvi imitá-lo e fazer alguma mais intimista com meus amigos ( ou pelo aqueles que não tinham viajado e me abandonado).
De tarde uma amiga minha veio aqui e ficamos conversando. Fui ver o desfile na casa da Kelly e lá fiquei até a Portela, todos estavam babando já.

Segunda-feira foi um semi-fracasso. Um outro amigo antigo meu , guitarrista da minha ex banda, me ligou e resolvemos ir para diversos blocos. Eis nossa saga.
Fomos para Santa Tereza adentrar na folia que ia iniciar-se ás 11 horas. Subimos a escadaria da Lapa depois duma imensa caminhada e nada de foliões. A banda já havia partido cantando músicas de amor.
Em nosso caminho para o ponto de ônibus uma gringa deu mole para o Alysson (ele vestido de palhaço e eu de padre), acho que o rapaz sentiu falta de prestar atenção as aulas de Inglês e ficou no 0 X O linguistico com a Americana loira.
Ao chegar em Botafogo, estavamos adiantados uma hora. Caiu um toró desgraçado e ficamos os sessenta minutos na discussão se iamos ou não embora. Quando resolvemos ir, a chuva parou e ficamos no Bloco de Segunda.
O plano era irmos ao Cacique de Ramos porém o Padre não aguentou e eu voltei para a casa e passei o resto da noite na casa da irmã (única que dormi lá).

Terça-feira fui a Banda de Ipanema com a Kelly mais uma amiga dela. Horas engraçadas. Ficamos num bloco chamado "Vem ni mim que eu sou facinha". Notei uma tendência, eu sou um galã entre os homossexuais. Ainda bem que, apesar da moda, ainda gosto muito de mulher...
O carnaval acabou com eu e Kelly dentro dum 261 parcialmente lotado...

Este 2008, apesar da Beija-flor ter ganho pela quinta vez em seis anos, foi diferente. Eu me diverti bem, lógico, ainda não é aquela folia de filme mas, eu me senti fora da realidade por esses dias.
Eu também chorei, gritei, dancei, pulei, pensei e pensei nas horas sozinho na cama da minha mãe...
Quando eu fitava as fileiras de pessoas cantando as marchinhas, eu logo vi que minha vida é ao mesmo tempo um número a mais nessa cidade e especial para ela...
Agora, apesar de eu ser contra essa idéia, o ano começou de verdade para a Republica Federativa do Brasil...
Deixemos o tempo apontar o caminho daqui em diante...
Boa Semana...

1.2.08

Pós-Saquarema + Aniversário do Pedro Ivo + Viagem da vovó + Pré-Carnaval...


Pitbulls Futebol Americano
Pedro Ivo Dona Onézia "minha vó"




Duas coisas que você deverá levar em conta diante de todo meu texto a seguir:


  1. Eu sou reclamão por natureza, talvez isso seja genético ou de criação, eu trato como se fosse algo dentro de mim que me faz pensar...

  2. Porém não venha achar que eu reclamo á toa, minha vida não é um mar de rosas...

Minha vida tomou um ritmo abrupto nesses últimos meses diante das minhas férias, estas serão alongadas até o dia 3 de Março donde eu ingresso no meu novo colégio.
Vamos resumir minha existência pelos três anos que passei na Faetec (vide a coincidência, dia três e três anos.)...
Durante esses, aproximadamente, 36 meses de mandantes do colégio supracitado eu praticamente corria todos os dias para executar as inúmeras tarefas que apareciam na minha vida. Todavia, devemos ressaltar as loucuras e brigas familiares acentuadas. Realmente, em casa, minha vida nunca foi um mar de rosas.
Desde que eu “maloquei” o livro “A arte da guerra” da biblioteca do meu cunhado (vou falar dele já.), eu tomei uma iniciativa de tentar me conhecer melhor e apascentar meus defeitos. À medida que a fase do adolescente malvado passava, outras tendências tomaram conta de mim diante da minha personalidade. Nesse vai-e-vem de teorias e frases de buteco, eu realmente entendi que devemos não ligar para as teorias e nem as frases de buteco e que, impressionantemente, minha vovó estava certa; eu devia era cuidar do meu caráter.
Ainda pesquisando essa palavra, achei isso aqui . (
wikipédia-caráter).


Nossa biblioteca virtual fala duma coisa que poucos de nós compreendemos, a essência já vem conosco desde a barriga e, talvez, mudar o meio externo físico seja milhões de vezes mais fácil que o meio interno psíquico. O que eu precisava era de uma ferramenta para isso. Encontrei num livro do Augusto Cury.
Para as pessoas que me conhecem e que eu tenho um relacionamento de confiança, eu sou um rapaz completamente doido da cabeça, que fala o tempo todo, brinca. Agora, para aqueles que eu ainda tenho um certo receio de me apresentar, vocês vão encontrar um Marcus que se isola, que prefere ficar sozinho e que pouco fala e de tudo ri.
Meu primeiro passo foi respeitar isso em mim, ai que entra o Campeonato de Saquarema na história...
O Saquarema Bowl me mostrou que ser “caladão” às vezes é a melhor opção, mesmo que meu time fosse só saber meu nome no Domingo á noite durante a entrega das medalhas. Mesmo assim eu estive com eles e cumpri minha parte. Aquele final de semana me ensinou muita coisa...
Quando voltei para a casa, resolvi adotar o mesmo esquema tático dos dias anteriores, eu pouco falaria e muita faria; mesmo que esse muito fosse o “pouco” a fazer. Na verdade, nesse exato momento estou fazendo a minha parte. Logo vocês irão saber...


O aniversario do meu sobrinho me trouxe a certeza de algo que eu sempre percebi: Eu sou bem afastado dos meus parentes.
Comecei a entender que essa minha barreira natural para com as pessoas refletiu em muito no tratamento que dei aos meus primos, tios e tias (pessoas distantes da minha guerra familiar travada em minha casa durante todos esses anos). Fui ao espelho da consciência e falei:
-Marcus, eles não têm nada haver com suas brigas dentro de casa.
No mesmo dia e hora me reaproximei dos primos e conversamos bem...

Esse Carnaval aconteceu algo muito peculiar na história da minha vida: A minha vó está ausente até a Quarta-feira de cinzas. Como era de se esperar, minha mãe quer ficar na casa da minha irmã. Eu estou decidido a ficar em casa, vide os motivos:



  • Eu quero aproveitar minha casa por esse tempo

  • Eu necessito de paz de espirito e solidão é importante para isso ser feito.

  • E porque já adiei demais minha felicidade nesses feriados.

O resumo da ópera é: Você já fez essas reflexões que eu estou fazendo? Você se pergunta no espelho quem é você?
Se alguém ler esse blog e estiver tão “cachorro na praia” quanto eu, faça essa pausa espiritual. Você vai começar a achar um caminho interessante...


Luto:


Campanha para o Gil voltar a escrever no blog dele. O 100crise foi e ainda é a inspiração deste site e de muitos outros. Vamos aderir ao movimento "Volta gil!"


Bom carnaval a todos...