12.2.08

Tese sobre a Batalha de Riachuelo e os dias atuais

Senhoras e Senhores tenham uma boa visita ao meu estimado blog.
Neste Post irei tratar de dois assuntos completamentes diferentes, por isso, decidi guiá-los antes da leitura.
  1. Coluna de respostas dos comentários deixados nos posts anteriores e que pedem uma réplica.
  2. O assunto principal: Minha primeira tese histórica formulada no campus da minha mente semi-brilhante.
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N°1: Respostas

  • O André deixou uma questão sobre o Futebol Americano e o Rugby.
Aqui no Brasil, agente joga com as mesmas regras da NFL porém adaptado ao campo de areia (praia). Existem duas grandes modalidades ( O Futebol Americano de Praia) e o Flag.
Na foto, a equipe aparece sem todos os "Pads", que vocês devem conhecer como aquele tipo de armadura e proteção no peito, braços e capacete que por aqui é proibido. Como nem todos os jogadores tem grana para comprar um equipamento daquele, que completo é caro, e não existem empresas nacionais que os fabriquem, os criadores da modalidade proibiram o seu uso.
Somente é permitido Pads de acolchoados. A maioria dos jogadores portam um protetor bucal (semelhantes ao dos Boxeadores) e proteções dispersas habituais de atletas : Munhequeiras, tornozeleiras etc.
Graças a falta da "armadura" americana habitual, nossas equipes parecem times ingleses de Rugby.
Respondido?
Mais dúvidas em Futebol Americano -Wikipédia.
Grande André abração e obrigado por participar dessa familia que está se formando. Galera, pergunte mais que eu respondo aqui.

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Tese sobre a Batalha do Riachuelo e a situação atual do Brasil.

Em primeiro momento, gostaria de agradecer ao meu Amigo Daniel Felismino pela explicação e dissertação sobre o assunto que irei discutir com vocês. Ele me trouxe a idéia e a verdade, em meu ponto de vista, de quanto a guerra do Paraguai interferiu na história da nossa querida nação.
Voltemos ao Brasil Império...

As terras Brasilis eram bem diferentes de como são hoje. O Século XIX foi o mais agitado da história Brasileira e Sulamericana. Haviam inúmeros focos de disputa entre as nações do Prata e o Império do Brasil. Em menos de setenta anos combatemos inúmeras guerras com nossos vizinhos e rebeliões internas. Guerra contra Oribe, Guerra contra Rosas, Guerra da Cisplatina, Guerra do Paraguai além das revoluções provincianas e rebeliões.
Até pouco antes de 1864 o exército brasileiro era uma entidade nacional de importância equivalente aos exércitos nacionais da maioria das repúblicas e Impérios Latino-americanos. Nossa força bélica era impar em relação a nossa Armada, considerada a Sexta do Mundo ao final do conflito contra os castelhanos em 1870.
A Politica era controlada pelos grandes latifundiários e pelo nosso Imperador Dom Pedro II. Os maiores generais e Almirantes Brasileiros eram também grandes nomes da politica nacional.
Quando nos explodiu o conflito contra o bem armado exército de Solano Lopez, presidente da República do Paraguai, mais densamente industrializada e fechada ao estrangeiro que as demais nações em jogo.
A guerra surgiu quando as forças guaranis detiveram o Navio Brasileiro Marquês de Olinda que transportava o Governador do Mato Grosso. O impasse na area diplomática levou os dois povos a declararem estado de beligerância. Antes mesmo do Ultimatum Brasileiro, as tropas Paraguaias estavam em movimento de Invasão ao nosso território.
A partir deste ponto, vou tentar fazer uma breve análise militar do que nós, estudantes da arte da guerra, chamamos de "teatro de operações".
A Região do Prata era dominada por grandes rios navegáveis, a equação é simples, o lado que mantiver o controle da água ganha pois consegue manter suas linhas de comunicação e abastecimento e, assim, avançar mais sobre as terras do adversário.
A Armada Brasileira era tecnológicamente e númericamente maior que a Paraguaia e logo a Argentina e Uruguai também declararam beligerância as terras do Ditador Lopez.
Embora o Exército del Paraguai fosse maior e mais bem treinado e equipado que as tropas inimigas, a marinha paraguaia (em toda fluvial, ou seja, de uso em rios e lagos) era improvisada e provida de navios de madeira. Nossos Vasos-de-guerra eram encouraçados e melhor artilhados que os Guaranis.
No começo do conflito (1864-65) o Paraguai manteve a ofensiva e esteve bem perto da vitória contra as forças combinadas da Triplice Aliança; na Argentina se falava em três meses de campanha contra os inimigos de Buenos Aires. O Sul do Brasil foi invadido e pilhado e as tropas brasileiras sofreram sucessivas derrotas. Doravante toda essa luta se estendia e o avanço del Paraguai aumentava, a necessidade de controlar os cursos d'água para manter uma linha de suprimentos aumentou.
Foi na manhã do Dia 11 de Junho que se decidiu o rumo da guerra, do Paraguai, da Politica Latinoamericana e do Império do Brasil, anos depois.
A maior parte da Armada Brasileira estava ancorada na região do Prata, conforme as necessidades táticas paraguaias citadas acima, os navios paraguaios tentaram furar o bloqueio brasileiro. Isso se deu num afluente do rio Paraná chamado Riachuelo.
Os paraguaios se entrincheiraram pelos rio com peças de artilharia e tropas, com navios menos potentes, decidiram usar a tática de pequenos barcos (chamados Chatas) para tomar os navios pelo combate branco enquanto as duas Armadas se enfrentavam.
A batalha se estendeu por tempos e a Armada Brasileira passou por apuros. Um navio Brasileiro encalhou, outro quase foi tomado quando cercado por duas naus paraguaias. Porém, o sangue verde-e-amarelo se mostrou mais forte quando o Almirante Tamandaré a bordo de sua Fragata ordenou o curso para que sua belonave se chocasse contra os vasos paraguaios e os colocasse a pique. Tática largamente usada pelos Romanos e esquecida naquela época, donde o combate da artilharia entre os navios inimigos era a estratégia quase única das Marinhas mundiais.
A Fragata pôs á pique o primeiro navio Paraguaio, este fato estarreceu nossos inimigos, ao caminho colocou outros dois a mercê das aguas. Neste movimento, apenas parado quando a terceira belonave paraguaia foi partida pelo casco, toda a frota brasileira pôs-se a combater ferozmente a Armada inimiga e esta perdeu grande parte dos seus componentes, tendo o resto ficado inutilizável por toda a guerra.
Continuemos...
Riachuelo possibilitou aos Brasileiros expulsar os invasores e também invadir o Paraguai anos depois numa luta carniceira e heróica de ambas as partes. Desta era que surgem episódios como: A Passagem de Humaitá feita pela nossa Armada, o combate nos chacos de Tuiuti, a batalha de Avai pela qual Osório se consagrou, a Dezembrada entre outros fatos da história militar brasileira memoráveis.
No dia 1° de Março de 1870, o último exército paraguaio é destruido e Solano Lopez morto a tiros e golpes de lança do Cabo Brasileiro Chico Diabo. "Do Cabo Chico Diabo, do Diabo Chico deu cabo."
Aqui, vocês devem estar perguntando o que tem haver o curso dessa guerra com a história contemporânea do Brasil. Começarei a desfiar a teia dos anos que passaram até chegarmos ao nosso 2008.

Ao término da guerra, o exército Brasileiro era a maior entidade nacional da pátria e anos de conflitos entre a oliguarquia do café com o Imperador foram importantes para o papel de nossas tropas neste periodo da história.
A maioria dos oficiais brasileiros voltaram com idéias republicanas da guerra ao ver os avanços paraguaios na indústria e economia antes do conflito. O problema dos cafeicultores e do Monarca era a Abolição da Escravatura. Isso foi usado de álibi pelos fazendeiros brasileiros para derrubar Dom Pedro II.
Uma das idéias da época era que a Monarquia era atrasada históricamente e não poderia oferecer as bases para os avanços de que o Brasil necessitava. Hoje completamente desmentida, foram descobertas as verdadeiras intensões do Imperador que queria industrializar e modernizar o pais muito mais que as forças que iriam tomá-lo na Proclamação da República.
Usando dos ideiais republicanos e modernistas dos soldados, os grandes dos grãos aliciaram o exército para ajudar a derrubar o Imperador. Isso foi feito no Dia 15 de Novembro de 1889 quando o Marechal Deodoro da Fonseca anunciou a derrubada do regime monárquico e a expulsão da familia real do pais. Neste outro grande dia para os Brasileiros que começou a ser semeada a nossa situação atual de descaso. Mesmo com a escravatura abolida, o exército derrubou o Imperador e assumiu o governo da república.
Durante os primeiros governos militares, a péssima gestão reinou e isso se repetiu por todos os anos até Getúlio Vargas. Quando Getúlio voltou a presidência e suicidou-se , os militares estavam novamente dispostos a governar entorno dos júbilos de Monte Castelo na Itália pela 2° Grande Guerra. A ditadura Getulista foi derrubada tempos depois do retorno das tropas, um fato curioso e bem parecido a queda de Dom Pedro II.
Bem, neste periodo que os antecessores de Vargas mandavam e depois o próprio, o café caiu e as elites sobreviventes entraram em choque com os militares até o presidente eleito Getúlio ir longe demais para eles. Ai, novamente apoiaram as tropas para outro golpe militar e governo das fardas.
Que todos nós sabemos o que foi feito da nossa terra sob dominio dos Generais é fato, foi durante a Ditadura que nossa força armada mãe perdeu todo o seu prestigio popular adquirido no Paraguai e de quando o Regimento Sampaio subiu as encostas daquele Monte Castelo.
Assim que estavam cheios do comando, da bagunça e guerrilhas civis, os militares abdicaram e entregaram os poderes novamente a um não-fardado. Este era da elite nova e rival do exército e evolução "nada mais, nada menos" que dos barões que derrubaram o Pedro em 1889.
Para entender como a elite brasileira administra nosso pais é só ligar a tv e ver o Jornal Nacional. Uma pergunta vem e volta em minha cabeça quando penso em Riachuelo:
E se o Brasil perdesse a guerra?
O que seriamos hoje?
È este ponto, entre outros, que quero que explorem em seus comentários.
Todo esse meu estudo é fruto do trabalho que faço em escrever um livro nesta era. Prometo outras vezes citar alguns fatos históricos belos e esquecidos da nossa memória popular.
Outra coisa interessante é de como o Brasil passou a ensinar sua história Imperial e Militar nas escolas após a Ditadura. Nós, estudantes, vivemos uma represália por parte de nossos comandantes para com os Generais.
È claro, as forças armadas foram mesquinhas e ordinárias ao ditadorizar nossa pátria porém, o que veio antes é belo. Os valentes brasileiros que combateram no Paraguai não têm culpa do que seus sucessores fizeram de nosso pais.
Se Deodoro da Fonseca tivesse tido um Dejá-vu do que sua terra se tornaria, talvez até hoje nos curvariamos a um Pedro VI e fossemos mais que emergentes...

Obrigado...
Se o assunto render, prometo postar novamente sobre...















6 comentários:

Anônimo disse...

Valeu pela deferência e parabéns pela pesquisa. Se boa parte dos ditos Republicanos tivessem a alma empreendora de Pedro II, as coisa seriam bem diferente. Alíás, também tivemos Mauá. Pergunto-lhe: Será que dentro do atual quadro político há algo perto desses dois? Um abraço e parabéns pelo texto.

Anônimo disse...

Eu já lhe disse que sou monarquista? =)

Menino, eu até tentei mirar a fechadura por aqui, mas o seu conto é um livro!!!

Mas ainda vai fazer parte de outra coisa... outro projetinho... aguarde...

centaurusradioweb disse...

Realmente os brasileiros valentes como foram em dizimar todos homens paraguaios,atraves de uma guerra fomentada pelos ingleses, é por isso que o paraguai é essa bosta.pois temos uma divida de vergonha para com o paraguai, a história só é contada pelos merdas que se dizem herois.Que vergonha brasil

Anônimo disse...

Prezado companheiro, não seria o Almirante Barroso que utilizou a Técnica de abalroamento contra o navio paraguaio?
O Sr citou almirante Tamandaré.
Um abraço
José.

Marcus Desidério disse...

Fernando Pedro...
Essa nova teoria sobre a Guerra do Paraguai que o senhor apresenta é nada mais, nada menos que aquilo q citei no texto sobre as escolas brasileiras.
Um babaca chamado Chiavenatto (comunista de carteirinha) resolveu dar uma remodelada...
E como todo Comunista-de-merda, porque existem vermelhos que valhem aquilo que dizem sim! Eu já andei com muitos deles; odeia os Impérios, tentando trazer de novo essa imagem do Brasil como fantoche da Inglaterra.
Você devia estudar e ler um pouco mais antes de sair por ai criticando a história do seu pais.

Marcus Desidério disse...

Muito Obrigado José, na época da batalha quem estava no comando da Armada era o Almirante Barroso!
Confundi os nomes...