22.8.10

Sobre um pequeno momento de solidão.

Entenda, eu ando meio cansado.
As pressões da vida me educaram,
A sempre retroceder.
Compreenda, eu me senti tão só esses dias.
A sua falta me mostrou um espelho ruim,
Isso é pequeno retalho.

Nefasto tempo entre risos,
Dolorosas frases sem sentido,
Amargos dias de domingo,
Que precede outra semana ruim.

Hoje me vi sem você,
Por acaso.
Hoje senti sua falta.
Por acaso,
Eu vi nosso retrato e me fez feliz.

Sonhos tão vazios e distantes,
Realidade tão intensa e constante,
Sem parada, sem chamada.
Eu sinceramente não sou assim.

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Passei esses dias sozinho entre a minha familia. Na tela da TV vem o alivio dum exterior que pouco se importa com minha miserável vida. Sabe, esse pensamento me elevou e trouxe em meus cigarros um pouco mais de tragos. Me vi ansioso, me vi sozinho. Aliás, que grande batalha que me valhe cada dia. Onde está Deus com a cavalaria? Meu pai, eu tenho lutado tanto. Tenho feito tanto, errado tanto. Aonde estão as promessas?
Desculpe senhor, minha carne fraquejou no te entender.
Porque amanhã ainda será igual a ontem.
Porque ainda não me fiz entender por quem me ama e nem ousei entender.
Porque essa cadeira dói meu corpo exausto de trabalhar em vão. Por um dinheiro fútil e doloroso, terrivelmente necessário.
Sabe senhor, eu ando bem mais gordo, bem mais pálido. Muito cansado, estressado até o último fio de cabelo. Com a coluna doendo. Até onde devo ir para conquistar a pequena redenção que te pedi?
E agora, aonde estão meus amores?
Sim, aqui se encontram, sentados na sala, rodeados pelo Faustão.
È.
Adiante deve haver a luz.

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