10.10.08

A Mentira Republicana e a falência da integridade brasileira.



A mentira republicana e a falência da Integridade brasileira


Devido ao tempo que agora me sobra, resolvi voltar com este site, para debater alguns fatos importantes da sociedade brasileira. Entre as muitas leituras que venho tendo neste tempo inerte, me bateu em vista, a versão digitalizada de um livro da última década do século XIX, um texto escrito por uma testemunha ocular dos reais fatos da Proclamação da República Brasileira.

Grande parte da visão que hoje temos deste importante fato histórico na nossa história foi deturpada por muitas tendências políticas de épocas posteriores a 1889. Nós tivemos o “Engrandecimento Republicano” dos anos da Era Vargas e da grande guerra além da própria interpretação da revolução em seu tempo genitor. Durante a ditadura veio a tendência comunista na cadeira de História, que ainda hoje é dominada por ativistas de diversos partidos. Essa remontagem de alguns fatores que ocasionaram a rebelião das tropas do Marechal Deodoro da Fonseca, mudou em muito, no ensino médio e popular de História do Brasil, a visão sobre o acontecimento de 15 de Novembro.

Alguns notórios preferem qualificar o Império Brasileiro como instituição falida e impotente, tomada por um esquema político velho e obsoleto. Contradizem-se, pois a república é uma forma de governo tão anciã quanto à própria monarquia. Por vezes, nas sanguinolentas guerras de Roma, se teve a prova, na carne dos soldados romanos, de que a república era uma forma falha de governo.
Estes homens, incluindo o próprio Marechal em quem tanto confiamos nossas honrarias no quinze de Novembro, eram de tendência copiosa a “Prosperidade Norte-americana”. Prosperidade baseada em conceitos muito mais “Imperialistas” de que muitos Impérios do mundo antigo.
A política Norte-americana da época, um tanto quanto igual a exercida no contemporâneo, era predatória e expansionista.
Num país donde tantos índios já haviam sido sacrificados em nome da dominação portuguesa, ousou-se copiar a bandeira estrelada em tonalidades verde-amarela.
Num lugar donde se acabava de sair de uma terrível e odiosa guerra, ao quais os Estados Unidos pretendiam ajudar os nossos inimigos e tinham relações profundas com o governo ditador de Solano Lopez, muito mais Monarca, no termo centralizador da palavra do que o nosso Dom Pedro II; era alimentada a constituição de uma pátria tomada de morticínios e chacinas com seus povos indígenas.
O mesmo povo que retirara seu ímpeto em dominar a Cisplatina, liberando assim o Uruguai para seu livre arbítrio, dava glórias a uma república que invadia e tomava a força os territórios do fraco México.
E ainda, em seus doces discursos platônicos, os republicanos brasileiros falavam com gosto da Doutrina Monroe com seus dogmas de proteção a América. Uma proteção armada e eriçada pelas baionetas americanas. Seriam estes, os protetores da América, os mesmos oficiais que por vezes bombardearam cidades e portos americanos? Ou os mesmos senhores que entregaram sem luta tantas e tantas ilhas “irmãs” da América Central aos Ingleses e Espanhóis? Que em muito chantagearam o Chile, a Bolívia, o Panamá, o próprio Império Brasileiro com sua política das canhoneiras, semelhante à Inglesa?
Meus leitores, muitos fatos, muitas verdades, muitas noticias, foram apagadas com a borracha do interesse durante todo esse tempo. Temos a visão de um país se libertando por si só do julgo de um soberano mau. Uma revolução francesa a la brasileira.
Nada disso, o que vejo é vergonha...

Os homens que fundaram a República Federativa do Brasil sob o molde Norte-americano, estavam vislumbrados com as lindas paisagens de Buenos Aires, república sul-americana, com seus gigantescos bancos, suas estações ou com as fábricas paraguaias durante a era Lopez. Mas nada viram de seu descrédito perante a economia mundial, enquanto nossas instituições, de aparências e modos discretos, eram respeitadas e de nome limpo no mercado mundial. De tal forma dita como certa que, em meio a um grave acidente diplomático que havia cortado as relações Brasil-Inglaterra, a questão Christie, os bancos ingleses enviaram crédito ao Brasil para sustentar a campanha do Paraguai.
Estes militares, não da classe de Osório e Caxias, senhores e vencedores da guerra, fiéis ao Império, fiéis acima de tudo ao Brasil, amavam um modo de vida de um povo diferente do nosso. Berravam em seus discursos contra a escravatura e abraçavam os mesmos generais que massacraram os Confederados, na guerra civil mais violenta que a história presenciou. Guerra travada pela questão da escravatura. Começada por um presidente militarista, expansionista e industriário. Nada lhe veio à cabeça para procurar um modo pacifico de acalmar a rebelião, preferiu mergulhar seu próprio país em Fredericksburg, Antietam, Manassás, Gettysburg, nas pilhagens do CSS Alabama, nos canhões de seu USS Monitor. E, ao ouvir falar da morte dos 53 mil americanos mortos em Gettysburg, disse que eles morreram pela pátria e futuro dos EUA. Acham mesmo que um homem que nada sofreu ao saber que 50 mil de seus irmãos morreram jogando-se um contra os outros teria piedade de outros povos, que sua Doutrina chamava de protegidos?
Inúmeros militares yankees serviram na Guerra Franco-Prussiana ao lado dos alemães contra a mesma França que os ajudou a se libertar dos Ingleses, está é a lealdade americana aos seus amigos, França esta que era uma república ao fim da guerra.
Éramos um Império respeitado e admirado por muitos países no mundo, não pelo nosso futebol, ou blindados policiais. Não pelas nossas modelos ou equipes de vôlei ou festas populares ou mulheres bonitas. Éramos um país admirado por nosso compromisso financeiro, nosso desenvolvimento estável e nosso sábio monarca. A política financeira da República Brasileira após 1889 foi o calote, a social foi o esquecimento, e o progresso republicano foi tão grande que tivemos uma enorme inflação, revoltas em todos os lugares, como nos primórdios tempos do Primeiro Império.
Os efeitos desse doce dia de Novembro sentem até hoje nossas crianças, nossos empresários, nossos trabalhadores. Da mesma forma que o golpe foi dado sem apoio popular, já que a população chorava pela partida do Imperador, a política brasileira é sem participação popular, com partidos representando interesses estrangeiros. Somos fantoches de nossos representantes e estes, fantoches do mundo.
Durante o século XX, poucos governos no mundo conseguiram manter uma forma de política democrática, quase todos eles eram Monarquias. Vimos a América Latina afundada em ditaduras populistas e militares.
Poucos sabem que, a descer de Petrópolis para receber a intimação dos revolucionários, Dom Pedro II recebeu apoio de uma grossa faixa do Exército Imperial e da Armada, e que por si só, poderia arruinar as posições de Deodoro e retomar a cidade do Rio. Ao ser indagado por Tamandaré sobre o que devia ser feito ele disse: “Deixe meu amigo, que não se derrame uma única gota de sangue, pois esta pode vir a tornar-se uma poça, um lago e esfacelar uma bela pátria.”. Nesta frase está incumbida a postura de um Estadista sério e respeitado, que saiu de nossas terras humilhado por seus opositores e, isto preferiu ao ver o Brasil nas lamas de uma guerra civil. Imaginem se Dom Pedro tivesse o espírito de Lincoln, em qual estado seria a nossa Fredericksburg?

Má distribuição de renda, corrupção incubada em todos os setores do Estado, violência, falta de habitação, divida externa, eleições fraudulentas, forças militares obsoletas, escândalos, imprensa marrom e preguiçosa, manipulação em massa, florestas destruídas, estrangeiros vagando aqui e acolá, calotes por parte de países as nossas empresas, péssimas estradas, cidades desordenadas, custo de vida alto, baixos salários, moeda desvalorizada, educação fraca, desemprego imenso, impostos dantescos.
Foram supracitadas algumas das conseqüências de nossa amada República.
Entre isso que vivemos e Gettysburg, eu preferiria Gettysburg.

Para saber sobre o assunto leia “A Ilusão Americana” de Eduardo Prado.
Obrigado.

Alguns Links sobre o assunto:

10 comentários:

Anônimo disse...

thats amazing story.

Anônimo disse...

help me.

Anônimo disse...

haha.

Anônimo disse...

im here because of few cents for you. just dropping by.

Marcus Desidério disse...

Alguém me explica o que os gringos estavam tentando dizer?

Anônimo disse...

Menino, voce me inspira...

Anônimo disse...

Aparentemente os gringos gostaram da sua história. E são todos da mesma empresa, ao que parece.
Pretende comprar uma escavadeira? ;)

Andre Martin disse...

Mavi,

Bela abordagem, ilustrada com fatos reveladores.

Obrigado pela contribuição de trazer à luz nossa verdadeira história, e fazer sentido o que não se conta (mas deveria) nos livros de história que ensinam nas escolas.

Também acho que o Brasil perdeu com a derrubada do Imperador D.Pedro II. Sou a favor da monarquia aqui: melhor do que a república que está ai! E por várias razões.

De tudo posto, só acho que Deodoro NÃO era um republicando convicto, era amigo pessoal do Imperador, e sua imagem foi USADA pelos golpistas. Conta-se que ele estava doente e febril no dia da proclamação, que mal se mantinha de pé (ou sobre o cavalo), e que foi "forçado" a representar, e que nada tenha dito; morreu não muito depois (de desgosto?). Bom, até nisto os republicanos, aristocratas vingativos pela abolição da escravatura, manipularam as coisas para se fazer história como eles queriam, a despeito do povo e da verdade.

http://mesdre.myblog.com.br

Andre Martin disse...

Numa interpretação livre:
1) isto é que uma história fantástica e incrível.
2) ajude-me
3) KKKKK (ou rsrs)
4) Estou aqui para lhe dar meu apoio/crédito, e só deixando minha aposta. (ou: estou aqui para lhe deixar uma esmolinha, tô largando as moedinhas e deixando cair) - pode escolher, não sei o que ele quis dizer exatamente, como também não sei se estas "traduções" estão certas. Costumam usar uma expressão: "let me put my two cents on it", quando se quer dar um palpite/comentário modesto porém (que se acredita) precioso, como quem diz "se eu tivesse (só, pelo menos) 2 centavos para apostar, apostaria todo meu dinheiro que..." e blá-blá-blá.

Anônimo disse...

Não li o posto porque tô no trabalho e não posso demorar, mas curto muito a música. Outro dia volto com mais calma, pois o assunto me interessa.
Abç,
FUI!