Querido diário, querido não que é coisa de boiola, demôniaco diário....

A semana que seguiu foram de dias normais de férias:
Casa + Comida + TV + Internet + Amigos + Bebida + falta de dinheiro + Mamãe e Pedro Ivo + Locadora.
Agora que a minha assinatura vale (hehehe) comecei a fazer os meus cadastros.
Já me cadastrei nas locadoras do bairro, no colégio, na maçonaria, nas FARC, tenho pensado muito em validar na Al-quaeda mas, me levaria muito dinheiro.
Falando de esportes:
Nesse meu ócio janeiristico, lembrei, ou melhor, me lembraram que eu havia prometido entrar num time de Futebol Americano de Praia. Ontem (sexta-feira) eu e John (cavaleiro de São Jorge) fomos treinar com os caras, vide o apelido dos jogadores:
Muro, Mauzão, Pimpão, Cebola, Portugal, Baby entre outros que ainda não decorei...
Por toda a minha vida eu me senti poderoso diante da minha elevada altura acima dos padrões de meus amigos, quando toquei naquela praia para treinar e vi o "naipe" dos caras, tive uma crise de identidade....
Como diz meu cunhado, o time está treinando para ficar coeso, almejando vitórias nesse ano que vão galgar...
Eu resolvi galgar no Pitbulls ( O nome do time), seja o que Deus quiser...
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No lado emocional tenho estado bem parado também, na velha fase da reflexão total. Essa semana veio essa música na minha cabeça...
Lembro que o Gil colocou ela no blog e eu fiquei pensando por dias na letra.
Lá vai:
Andrea Doria (Legião Urbana)

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...

Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...

Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...

Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...

Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...

Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...

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Quem tiver com o som ligado poderá ouvi-la no player do blog....

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Eu fui entender o sentido dos dois primeiros parágrafos no final do ano passado.
Passei pela ilusão de que lutando bravamente as guerras poderão ser ganhas. E que acreditando firmemente toda vitória virá.
O gosto amargo daquela minha derrota emocional seguida da derrota profissional me fez , e ainda me faz, amarelado com a vida.
Confesso que passei esses últimos dias de Dezembro e começo de Janeiro sobrevivendo, apenas isso, sobrevivendo para esperar no futuro algo melhor. Tenho me distraído com qualquer bobagem para esquecer tudo e todos que ficaram para trás...
Não confundam isso com tristeza ou depressão, não estou mal, ou melhor, estou bem. Até meio calmo demais.
Encontrei nessas noites sem dormir um Marcus que eu não conhecia. Achei dentro do baú uma força muito grande....
Agora estou na fase das perguntas:
-O que vai ser de agora em diante?
-Aonde eu vou parar?
-O que a vida me reserva?

No final de cada momento que penso nessas incógnitas aparecem as últimas frases da música:
" Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais"

Realmente ainda sobrou muita coisa...
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