6.7.07

" A infinidade das palavras que devaneiam um paragráfo são lutos e casórios, entre os deuses dos poemas..."

Descendentes dos Infames

Somos um devaneio abcesso do imcompleto
um buraco soturdo distribuido aos pobres.
Julgamo-nos os perfeitos reis da teoria,
conspirante contra nossos ventres e sortes...

Protegemos uma infância descolorida e amigável,
maqueavélico os malditos que revelam a verdade.
De que, surgimos do caos e do podre,
e do silêncio mais terrivel da noite.

Reabriram-se os portais do infinito desprezo,
numa realidade partida pelo coeso,
sentimento amargo do exagero.
Testemunharam os infiéis ao papa das ocasiões,
rasgaram os livros das ingratidões,
antes de perceberem que surgimos dos canhões...

Outrora amados e de imagem em espelho,
fomos tomados de nosso próprio desespero,
de lutar, matar e ser adorados.
Como os animais que temos na mente,
combatemos até o último suor dos derrotados,
e vivemos no passo da terra dos desquitados...

Flores são melhores armas que as balas,
elas ferem um tecido feito de brasão,
Flores são mortiferas e indecisas,
quando invadem e derrubam o coração...

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