3.2.11

Sobre as pequenas batalhas

Deus existe. Sim, a quem não acredite e tudo mais, contudo, o criador prova demais a sua fidelidade a nós em nossas frágeis vidas.
Comigo, eu e Deus, temos um jogo. Aliás, ele joga comigo. Deus gosta de me colocar no fogo, para ver minhas reações, para me ensinar novas coisas, para me acordar de meus erros e meus acertos. Deus foca toda sua sabedoria em mim na base do aprendizado, seja pela forma boa ou ruim.
O cara lá de cima resolveu me revelar muitas coisas esses dias, ele me fez muito observador e me deu grandes substantivos para eu exercer o verbo.
O senhor me fez um cara muito rígido e até ríspido com as coisas, mas, ao mesmo tempo, quando me sinto bem e feliz, quando me sinto á vontade, sou um cara solto, bobo, piadista certeiro.
Mas meu defeito é acreditar na troca. Na troca de sinceridades, na troca de carinho, na troca de respeito. Na verdade, eu penso tanto nas pessoas ao meu redor que deixo de levantar meus planos. Tantos e tantos frustrados no tempo, perdidos na memoria, enclausurados pela intensa rotina.
Na verdade, eu preciso reaprender a amar, não que eu não ame com intensidade as coisas que tenho, mas preciso me apegar a tempere das coisas.
Eu sou extremamente avesso a tudo que é errado, a tudo que é jogo por dinheiro, talvez porque lido com isso todo dia e isso me consome. As pessoas conseguem se matar, se ferir, se odiar, se vender por essa moeda que é sim de suma importância.
Mas mesmo assim, sabendo da minha mente materialista, deus ainda não me deu asas.
Bem, nos últimos quinze dias, entendi que, todos os problemas da minha vida de hoje, fazem parte de grandes erros, gigantescos erros, imensas falhas de caráter e de vontade de quando eu tinha 15 anos. Há seis longos anos, minha vida passa longe daquilo que eu planejei. Isso porque fujo dos meus projetos por coisas que me desviam. Sempre existe algo pra me desviar do foco.
Eu fui de, um jovem altamente rico de cultura e sonhos bonitos, para esse adulto com cabelos já brancos, dolorido e estressado por uma rotina que em nada combina comigo. Apesar de ser materialista, eu não vendo meus pequenos conceitos por notas de cem reais.
Outro aprendizado foi de, que sou um homem extremamente difícil de relacionar com as pessoas. Aceito isso, preciso mudar isso. O porquê da minha usura; sou terrivelmente frágil diante daqueles que tenho afeto. Meus dois melhores amigos são donos indiscutíveis da minha confiança porque simplesmente não falharam em anos de amizade.
Eu ao mesmo tempo sou pastor e ovelha, preciso cuidar e ser cuidado, ser podado, ser compreendido, ser elogiado, ser lisonjeado. Infelizmente, os tempos em que isso era qualidade nas pessoas estão mortos.
Mas o mundo está aqui soberano, um mar de gente, enquanto eu gota, preciso aprender a me mover com a maré. Ser menos, quer dizer, ser mais egoísta.
Afinal de contas, eu sempre quero muito mais do que eu posso ter...

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