1.5.11

Sobre babaquice aguda

Eu nasci e cresci sobre pensamentos de tudo aquilo que li e admirei. Honestidade, lealdade, dedicação às pessoas a nossa volta. Toda essa sorte de coisas me fez o homem que sou; o homem frustrado que sou.
Convivo com um vazio emocional intenso desde épocas remotas. Vivi e lutei pequenas revoluções, fui rebelde, fui soldado do vento, descontando todo meu ódio em causas perdidas. Afinal de contas, para esse homem aqui senhores, o mundo esta perdido demais para se consertar.
Eu vivo intensamente as minhas paixões, minha carência me faz ter uma dedicação as pessoas que amo, aos meus fieis amigos, que são pouquíssimos. Eu ouvi coisas que os senhores nem podem entender, de gente que era para estar ao meu afago. Nunca fui um homem de sorte, nunca ganhei nada de mão beijada. As coisas boas que recebi, era jovem demais para entender e pago preços terríveis por isso até hoje.
Senhores, sou um homem comum com uma cruz imensa. Juro, por tantas vezes me comporto e disfarço bem, numa falsa felicidade. Mas eu amo a batalha. Venci uma boa briga hoje. Segunda recomeço minha vida profissional. Mas como é triste a sensação de estar sozinho.
Hoje eu vi postados sob uma mesa duas coisas de valioso que dei para quem amava, e só eu e Deus sabemos o que passei para aquilo estar ali. Mas estava ali assim jogado. Eu me senti jogado ali.
Por três quartos das vezes eu falo com calma, pacientemente, tentando fazer-me entender. Mas quantas vezes pedi para dar-se o mínimo de valor aquilo e nada. O ser humano moderno é centrista demais para entender os devaneios alheios. Estou revoltado com isso. Indignado com minha prepotência em achar que o amor pode trilhar laços de lealdade, amizade e valorização de outro. Senhores, o quanto eu sou babaca não caberia neste blog....

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