29.12.14

25 anos

Tempo rei.
Alcanço os vinte e cinco anos de idade.
Metade do que sonhei, um terço do que tentei, algo deu certo.
Rapidamente, minha mente infantil não consegue lidar com tão pouco tempo, tanta coisa ao mesmo.
De hora para outra, me transformo no homem moldado não pelo pensamento.
Penso e reflito que sim, foi longo momento.
Ainda estou disposto, ainda tenho vento, capaz de escorrer pelo peito.



4.5.14

Demasiados Enterros

“Não me iludo, tudo permanecerá do jeito que tem sido, transcorrendo, transformando, tempo e espaço navegando em todos os sentidos...”
O poeta já dizia que o Tempo é Rei, senhor de algumas verdades, fazedor de tantas outras mentiras, o exílio dessa vida sofre suas consequências, oxida as relações, a maresia desse Rio de Janeiro assola as almas de meus conterrâneos.
E como não viver essa ação tão manifesta, essa oportuna aprazia, esse deleite sofrível.
O eterno se torna quebradiço, o fraco enobrece os altos, o desterro da verdade contorna o mar de mentiras.

Em mim, quase nada se desfez, o que havia era ocupação, era mandato, era desfecho, e o eterno abstrato expulsou meus invasores. Eis me aqui nu e calmo, nas ruínas do fato, demasiados enterros.